quinta-feira, dezembro 30, 2004

Tem mais encanto na hora da despedida

Este ano vou passar o fim de ano a Coimbra com bons amigos de quem tenho muitas saudades. Vai ser espectacular, como é sempre que eu estou com aquelas pessoas.
Para me despidir do ano velho e dar as boas-vindas ao ano novo deixo aqui uma imagem que (ainda que alusiva à época natalícia) é uma imagem de rambóia. Como rambóia é aquilo que se vai passar na passagem de ano (ainda que sem sexo, sadomasoquismo ou chicotes...não excluo as renas propositadamente), pareceu-me indicada. Espero que gostem!


Posted by Hello

A família

As famílias são, segundo consta, todas iguais...ou pelo menos muito parecidas. Há quem diga que a minha irmã é igualzinha a mim, mas em ponto pequeno. Por vezes até me assusto quando ela diz uma coisa em que eu estava a pensar naquele preciso instante.
Claro que, tal como eu, a miúda (apesar da tenra idade) em uma perita em parvoíces e baboseiras. No outro dia estavamos a duas e o meu pai a ver uma reportagem na tv sobre as famílias de afecto. Vira-se a chavala para o pai (já com aquele ar de quem vai dizer uma coisa que vai deixar o homem 5 anos mais velho) e atira "oh pai, nós bem que podíamos ser uma família de afecto. Até podíamos adoptar um menino, para aí com 14 anos (por coincidência é a idade dela), um que fosse assim giro e divertido. O que é que achas?"
Ainda não satisfeita com a cara de espanto do pai e com as minhas gargalhadas, voltou à carga "Já agora...o melhor é adoptarmos dois: o de 14 e um de 23 para a mana..."
Perdi logo a vontade de rir. É que vindo de outra pessoa este comentário até teria piada, mas a minha irmã gosta muito de dizer "oh mana, tens 23 anos e ainda não tens namorado. O que é que pensas fazer? Tens que arranjar alguém para te casares e saíres de casa, olha que já estás a ficar velhota"

terça-feira, dezembro 28, 2004

A tradição ainda é o que era

Venho da uma boa notícia a todos aqueles que andavam acabrunhadinhos e desapontados com as televisões portuguesas por, durante a época natalícia, não terem passado nenhum filme com o Macaulay Culkin.
Parece que vai passar um filme (para aí com 10 anos) com o miúdo na passagem de ano ou no dia 1 de Janeiro. Não é nenhum dos sozinhos em casa, mas é aquele com o tio que é quase tão bom como os outros.
Numa época tão conturbada como a actual é bom ver que há coisas que não mudam e que a tradição ainda é o que era. Por isso, deixo aqui o meu muito obrigada às televisões nacionais por nos mostrarem que nunca irão melhorar!

sexta-feira, dezembro 24, 2004

Os votos do Espaço virtual de baboseiras


"O Voto" foi gentilmente cedido pelo Daniel que produziu esta imagem para enviarmos pelo e-mail interno, mas depois decidimos que isto era demasiado "à frente" para aquele meio. Posted by Hello

terça-feira, dezembro 21, 2004

A minha mana

Conheci a minha mana no primeiro ano da ESE. Não eramos do mesmo curso, mas tínhamos algumas disciplinas juntas durante o primeiro ano. A certa altura descobrimos que tínhamos nascido exactamente no mesmo dia, apenas com umas horas de diferença. A partir de então passámos a ser manas, manas gémeas.
Já acabámos o curso. Ela é professora (gabo-lhe a coragem) e eu finjo que trabalho onde vocês já sabem. Infelizmente não nos vemos com a mesma frequência, mas continuamos a ser manas do coração.
Agora ela está numa escola perto da minha casa e no sábado passado foi visitar-me (acho que não nos víamos há mais de um ano). Quando a vi abracei-a e ela respondeu-me "os teus abraços continuam exactamente iguais".
Mais tarde pensei naquela frase e reparei que me fez sentir muito bem, não só a visita dela, mas o facto de saber que há coisas que nunca mudam, por mais voltas que a vida dê. Os meus abraços continuam iguais e nós continuamos a ser manas.
É bom saber que ainda há pontos estáveis, dá-me uma forte sensação de segurança e solidez. O que é uma ajuda preciosa para quem tem uma cabecinha como a minha que anda sempre à deriva e desorientada.

sábado, dezembro 18, 2004

Mais perto do mundo civilizado

Costumo dizer que moro num sítio onde nem Judas se atreveu a ir perder as botas. Fica longe de tudo, apesar de não estar muito distante de Lisboa (uns míseros 30 km) parece que estamos no interior esquecido e ostracizado.
Até há pouco tempo só podíamos ter internet por telefone o que, sabe quem já experimentou, é desesperante e angustiante.
No entanto, desde a semana passada que há ADSL!!! É a loucura! Portanto agora estou ligada à maquina, especialmente porque é uma ligação a 1Mb sem quaisquer limites de downloads ou uploads. Um mundo de oportunidades, músicas e filmes pirateados abre-se diante dos meus dedos...
A parvoíce hoje está muito forte porque ontem foi o jantar de Natal do sítio onde eu finjo que trabalho. Foi uma noite em grande e penso que há uma frase para a qualificar "upa upa!puxadote!" (somos fãs dos gatos). Cheguei a casa bem cedo, quando o sacana do galo do vizinho já estava a cantar e estavam a dar desenhos animados na tv.
Por outro lado, no fim da noite aconteceu algo de muito desagradável. Quando a noite acabou e eu estava a regressar a casa estava completamente de rastos, afinal tinha-me levantado às 7 da manhã e tinha sido um dia de loucos. Quando entrei no comboio já estava mais para lá do que para cá e aquilo pareceu-me uma excelente oportunidade para passar pelas brasas. Só que três miúdos resolveram sentar-se mesmo ao pé de mim para gozarem cada vez que eu adormecia e dizerem coisas simpáticas como "esta gente já nem aguenta a noite toda"...os filhos de uma grande...nem sequer consegui dormir com o barulho dos risinhos e gargalhadas sufocadas.
Agora são 17h, já vesti o pijamita, vou comer qualquer coisita e vou enroscar-me nos lençóis e tentar ficar lá até amanhã...

quarta-feira, dezembro 15, 2004

Final da Taça UEFA

Já estão à venda os bilhetes para a Final da Taça UEFA que se irá disputar no Estádio Alvalade XXI no dia 18 de Maio de 2005.
Os bilhetes podem ser adquiridos através do site da FPF ou pelo link directo.

terça-feira, dezembro 14, 2004

Fora de serviço

Hoje apetece-me fugir, desaparecer. Não estou chateada, nem triste, nem nada desse género. Apenas sinto que não é aqui que devia estar.
Apetece-me virar o letreiro da minha porta para "volte mais tarde" e fechar-me.
Sinto que metade de mim hoje ficou em casa, sinto-me ausente e fora do sítio, como um bibelot que está desarrumado.
Estou afastada de mim própria e distante de tudo o que me rodeia.
Hoje nada me irá satisfazer e tudo vai ficar aquém daquilo que realmente queria, apesar de nem eu mesma saber o que isso é.
Mas sair daqui e ir andar para a beira rio era capaz de me fazer bem. O ar frio a bater na cara podia ajudar a pôr as ideias (e a mim própria) no sítio, mas cada um tem aquilo que merece e, por isso, vou para o armazém o que até é parecido com a um passeio à beira rio...

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Ai que está a tremer...

Passava pouco das 14h da tarde quando a terra tremeu, depois de termos afastado a possibilidade inicial de excesso de álcool lá nos apercebemos que tinha sido um pequeno sismo.
Chegámos também à conclusão que era devido aos movimentos terrestres que o alarme não parava de tocar e eu já estava a ficar com dores de cabeça. Sim, porque nós aqui ouvimos o alarme a tocar e continuamos sentadinhos no nosso lugar.
Agora que penso nisso, um sismo é muito preocupante até porque eu estou no quarto andar e não me apetece nada levar com o pessoal que está nos andares superiores (até ao 8º) em cima...
Ainda tentei convencer o pessoal a fazermos uma evacuação e irmos para a Alexandre Herculano ver os carros passarem, mas ninguém foi na minha conversa.
Esta foi a primeira vez que eu senti um sismo. Vocês também deram conta?

quinta-feira, dezembro 09, 2004

Os rapazes não crescem

Lembro-me que quando andava na escola preparatória reparei que os rapazes eram uns seres muito infantis, mas dei-lhes o desconto de ainda serem muito novos.
Quando cheguei à secundária percebi que eles não haviam mudado, mas já notava algumas nuances. Ou seja, quando isolados comportavam-se em condições, quando em bando eram os mesmos infantis de sempre. Ainda assim continuei a pensar que, talvez, com a idade mudassem.
Agora apercebo-me, talvez tardiamente, que eles pura e simplesmente não crescem, continuam sempre infantis.
Às vezes chateia-me ver as diferenças de atitude de um gajo entre uma situação que está só ele como representante do sexo masculino e situações em que tem outros espécimes junto de si.
Claro que temos excepções, que como em tudo confirmam a regra, mas a maioria dos gajos são pessoas sociáveis com quem conseguimos ter uma conversa decente quando estão sozinhos, depois quando se juntam dois tornam-se uns parvinhos que só conseguem fazer palhaçadas.
Será que isto é uma espécie de um bug que só é accionado quando na presença de outro elemento com cromossomas XY? Ou é apenas o resultado de séculos e séculos de experiência de parvoíce acumulada?

terça-feira, dezembro 07, 2004

Baboseira da semana

A besta do Castelo Branco disse ontem:
"Oh Mónica, eu passei coisas na minha vida que tu nem imaginas, mas quando leres as minhas memórias tu vais perceber. Eu sou como uma tartaruga ninja que está sempre a mudar mas não deixa de ser ela própria". Acerca desta afirmação tenho várias coisas a dizer:
  1. As coisas más que passaste na tua vida devem ter acontecido na altura que andavas a aviar magalas em Moçambique;
  2. A literatura nacional já teve melhores dias, não lances as tuas memórias porque de certeza que o papel nem vai ser bom para levarmos para a casa-de-banho;
  3. As tartarugas ninja, como toda a gente sabe, não são mutáveis. A mutação que sofreram foi à nascença, mas depois ficaram daquela forma.
  4. Quando uma pessoa faz uma referência é para tentar parecer erudito, logo falhaste ao referires as tartarugas ninja. Por outro lado, ao fazer referências devemos cingir-nos a um universo que esteja dentro dos nossos conhecimentos, o que no teu caso se aplica ao livrinho com ditos religiosos que andas sempre a ler; e
  5. És uma besta de todo o tamanho.

Acho que é tudo, já descarreguei alguma da rabujice que tenho hoje. Acho que vou começar a trabalhar.