domingo, novembro 22, 2009

Estou onde quero estar

Este fim-de-semana fui a Setúbal para um jantar de comemoração dos 10 anos que entrámos na faculdade.
Já não via algumas pessoas desde que acabámos o curso, de outras fui tendo notícias por outros colegas, enfim, acabei por me distanciar de quase todas as pessoas, excepto daqueles de quem realmente gosto.
Quando estava a ir para o jantar confesso que ía com um nervoso miúdinho. Acho que ía a pensar em qualquer coisa do género "então e se eu chego lá e vejo as vidas que eles agora levam e percebo que estou a ficar para trás?" (de vez em quando a ideia dos vencidos da vida do Eça assalta-me)
O que a noite me trouxe foi algo muito diferente. Para além de um restaurante muito simpático (Três 15 Dias) tive uns momentos muito divertidos e apesar de olhar à minha volta e pensar "já tive desavenças com metade destas pessoas" não me impediu de manter conversas normais com elas e de perceber que o tempo da faculdade teve muitas coisas boas e más. As boas são engraçadas para recordar e para nos rir-mos neste tipo de jantares, as más tendem a perder relevância e a deixar de importar. Simplesmente aconteceu mas ficou lá atrás, onde pertence.
Quanto ao desenrolar das vidas de cada um. Tenho colegas casadas e com filhos, tenho outras à espera de rebentos, tenho outros prestes a casarem-se e eu ainda vivo (quicás por pouco tempo) na casa dos pais.
E então? Qual é que é problema? De qualquer forma, não era casada e com filhos que eu queria estar agora. Tê-los visto com as suas vidas (algumas completamente diferentes da minha) fez-me perceber que neste momento não é nada daquilo que eu quero para mim. Cada um tem o seu percurso próprio que pode ou não ser distinto daquele que leva a pessoa do lado. Mas cada um tem que percorrer o seu e não querer fazer o dos outros.
Se foi pela tranquilidade alcançada por essa percepção ou se foi das caipirinhas não sei, a verdade é que dormi muito bem e acordei com uma grande satisfação, como já não tinha há muito tempo, a satisfação de saber que neste momento estou exactamente onde quero estar.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Finalmente!

H? not?cias pelas quais esperamos durante tanto tempo que quando finalmente chegam at? parece mentira.
Em 2006 comecei a trabalhar num banco com um contrato de trabalho tempor?rio, ou seja de refor?o durante a ?poca sazonal. Nesse ano estive l? 4 meses, em 2007 mais 4 e em 2008 j? foram 6 meses.
Em 2009, depois de ter estado os primeiros 3 meses do ano na mesma situa??o, comecei em Maio a fazer o est?gio profissionalizante, que, nesta altura, ? a grande porta de entrada.
Esta fase s? iria acabar perto do final de Novembro, mas entretanto decidiram que j? devia ser espera suficiente e na quarta-feira vou, finalmente, assinar o contrato de um ano.
Depois de ter estado tanto tempo ? espera, este contrato era mais desejado do que o D. Sebasti?o e, tal como j? me me disseram, j? devia ter vindo mais cedo.
Estou t?o contente mas ao mesmo tempo parece que nem ? verdade.
Enfim, nos pr?ximos dias vou andar com um sorriso parvo. ? bom ter uma not?cia t?o boa quanto esta no meio de outras not?cias m?s. Sempre d? para ajudar a manter o alento e o sorriso parvo.

sábado, abril 18, 2009

Susan Boyle

Aparentemente parece que já toda a gente tinha ouvido falar desta senhora excepto eu que, até hoje, vi um e-mail cujo título era "as aparências iludem".
Porra, até chorei!
Adorei ver a forma como a reacção das pessoas mudou assim que ela abriu a boca.
No entanto as aparências não iludem, elas cegam-nos, tal como o preconceito o faz.
O facto de toda a gente ter olhado para aquela pessoa com ar de campónia e ter pensado que o aspecto físico dela ou os seus modos menos polidos podiam interferir de alguma forma nos seus dotes vocais não passa de hipocrisia e da cegueira mais frequente e estúpida que é normal ver-se.
É costume dizer que são as aparências que nos iludem, como forma de nos desculparmos. Do género, dizemos que a culpa é das aparências que, sacanas, nos enganam ao invés de dizermos que somos nós que temos as nossas ideias tão estupidamente formatadas que achamos que apenas os belos podem ser bons.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

A promessa que ficou no ar

Ultimamente tenho tido sorte.

Não sorte ao amor que isso é sempre aquela tristeza, nem sorte ao jogo porque não jogo a dinheiro, mas a sorte de ter tido alguns daqueles pequenos momentos que me deixam feliz e tranquila.

Não preciso de grandes cenaças para ficar com um sorriso ou para me sentir bem, muitas vezes um daqueles momentos especiais tem muito mais efeito.

Momentos como estar na rua a conversar despreocupadamente com um grupo de amigos, durante um dia de semana, no final de um dia de curso que estava finalmente a acabar; estar dentro de um carro a fumar, a ouvir amy winehouse e a conversar, com a chuva a cair lá fora; num bar a beber sangria de morangos, numa grande galhofa; ou olhar para a janela do trabalho a pensar que era mais um chato e ver um sorriso de uma cara amiga que passou só para dois dedos de conversa.

Realmente os últimos dias têm sido muito ricos porque este tipo de coisas me tem aquecido o coração e têm contribuido para aumentar a minha convicção de que há coisas e pessoas de que não quero abdicar, se as coisas correram bem porque não prolongá-las?

Por isso na sexta feira, dia 13 quero continuar a divertir-me.