sexta-feira, julho 30, 2004

Eu vou!

Já reservei os bilhetes para ir ver o concerto da Madonna no dia 14 de Setembro no Pavilhão Atlântico. Depois de ter passado a manhã toda a tentar ligar para a Ticketline e a ouvir "de momento não é possivél estabelecer a sua ligação, tente novamente daqui a alguns minutos", finalmente, quando já tinha perdido a esperança, ouvi o telefone a tocar (toda eu era rejubilo!). Mais dez minutos em lista de espera e finalmente ouvi a voz do operador a dizer "tem de levantar os seus bilhetes até dia 3 de Agosto".
Agora estou incrédula e contente. Sempre gostei de Madonna, apesar de não ser uma fã incondicional. No entanto, ela é uma grande artista e imagino que em palco seja algo de espectacular.
Espero que a Re-Invention Tour faça juz ao nome e que eu dê por bem empregues os 122€ dos dois bilhetes. Desta vez não vale a pena oferecerem-se para serviço de acompanhantes porque vou levar a minha irmã, apesar de ela ainda não saber...Se a sacana da miúda não disser que vai mandar construir uma estátua em minha homenagem faço um escândalo! Garina, estás avisada!

quinta-feira, julho 29, 2004

O que é ser optimista?

Segundo a definição habitual, o optimista é aquela pessoa que sabe sempre ver o lado positivo de uma situação, que pode estar atolado de porcaria até ao pescoço mas diz "pelo menos não chega até à boca" (se eu fosse a realizadora desse filme era nessa altura que alguém lhe despejava um balde na cabeça).
Quando levado ao extremo, o optimimismo pode ser uma patologia perigosa que devia dar direito a um tratamento de choques e condicionamento à boa velha maneira do Laranja Mecânica.
Na minha opinião o optimismo pode levar-nos por dois caminhos:
  1. Vivemos continuamente iludidos e pensamos sempre que as coisas vão correr bem, apesar de sermos, inevitavelmente, desapontados ou
  2. Tentamos ser optimistas, mas após batermos com a cabeça na parede umas quantas vezes passamos do optimismo para o pessimismo patológico, passando a ver apenas o lado negativo.
Eu não me considero optimista nem pessimista, penso que realista é capaz de ser mais adequado. Porém, se for honesta, tenho que dizer que muitas vezes dou por mim a ser muito pessimista. Talvez isso esteja relacionado com alguns desapontamentos e com o facto de, frequentemente, a realidade ser mais para o lado do negativo do que para o positivo. Sei tambem que, nessas alturas, devia olhar para as situações de uma forma mais positiva, mas nem sempre consigo.
Confesso que é mais fácil não esperarmos nada (ou o pior) das pessoas e das situações e não nos desapontarmos, do que esperar alguma coisa (por muito pouco que seja) andarmos sempre a bater com a cabeça na parede.

segunda-feira, julho 26, 2004

Pedido a Deus

Guardem este post nas vossas memórias pois este é um momento inédito. O ser mais ateu que eu conheço (eu própria) estás prestes a fazer algo de insólito, tentar ter um diálogo com um O próprio.
Se Deus existe, ou alguma entidade que assuma as mesmas funções, e se este é realmente omnipresente e omnipotente deve andar muito distraído com qualquer coisa, por isso eu venho aqui deixar um pedido. Eu gostava que Tu tomasses uma atitude radical em relação às pessoas que, ano após ano, põem o nosso país a arder. Para que não maces muito a cabecinha a pensar numa solução eu deixo-Te uma que abarca vários castigos que deveriam ser utilizados simultâneamente de forma a que a terapêutica surta maior efeito:


  1. As mãos desses criminosos devem caír de maduras, como se fossem pêssegos;
  2. Os genitáis devem apodrecer e criar bichos de uma tal forma que meta nojo aos próprios e
  3. Faz com que lhes cresça um pinheirinho no rabo, com aproximadamente 1,5 metros, que pegue fogo todas as noites - vão parecer pirilampos com hemorróidas.

A solução apresentada aplicar-se ía às pessoas que ateiam fogos por prazer, porém, para todos os atrasados mentais que o fazem inconscientemente, porque não sabiam que uma queimada em pleno Verão é perigosa, ou que um cigarro pode acender um fogo, ... Para todos esses tenho outra solução. Faz com que a sua casa e tudo aquilo que construiram durante uma vida arda. Faz com que todos os bens materiais que se esforçaram por amealhar, roupas, electrodomésticos, mobiliário, quintas, pomares, gado e hortas desapareçam diante dos seus olhos enquanto eles observam impotentes. A cereja no topo do bolo seria gravar em queimadura, claro, a expressão "tecla 3" na testa destes seres ignóbeis.
Penso que não seria pedir muito tendo em atenção a calamidade a que temos vindo a assistir. Este ano está a ser ainda pior do que o anterior, já deflagraram mais incêncios e ainda nem chegámos ao fim de Julho.

Dia das avós

A minha avó mora sozinha há alguns anos, por isso anda sempre a chatear-nos para a irmos visitar, apesar de se recusar terminantemente a ir a nossa casa. Diz que na casa dela é que se sente bem e eu compreendo-a, também compreendo a sua solidão e sei que custa passarmos todos os dias sozinhos, sem ninguém que esteja ao nosso lado nem que seja só pela companhia.
Na semana passada cedi e disse-lhe que hoje iria almoçar com ela. Sei que lhe alegrei o dia com a notícia e que lhe dei com que se entreter até segunda.
Durante o fim-de-semana a minha mãe (a filha da minha avó) veio ter comigo e disse-me que a minha avó tinha ficado muito sensibilizada por eu ter marcado o almoço no dia das avós. Coitadinha, pensou que tinha sido propositado!
Mas sei que a fiz feliz apesar de a visita ter sido muito breve e eu também fiquei muito contente por lá ter ido. Hoje de manhã estava um pouco com a neura, estava a precisar de ser paparicada e não há nada melhor para resolver uma carência dessas do que ir visitar a minha avó.
Vim de lá como nova e sei que lhe dei uma alegria que vai durar bastante tempo. Vim de lá contente comigo própria, fiz a minha boa acção e sinto-me bem por saber que algo qe fiz com prazer fez outra pessoa feliz.

domingo, julho 25, 2004

Anjos na cerveja

Pessoalmente acho que a Super Bock Green não é grande coisa. Eu sou daquelas pessoas que gosta de uma boa cerveja. Quando me apetece uma cerveja gosto de beber uma cerveja a sério, quando me apetece qualquer coisa mais leve bebo um sumo, um vodka ou um gin tónico...que são aquelas bebidas muito parecidas.
No entanto, para quem gosta de cerveja com limão, aquilo até se bebe.
Porém este post não era para ser sobre consumo alcoólico, mas sim sobre o anúncio televisivo deste produto, que, na minha opinião, está excelente.
Sem me alongar numa análise mais profunda (até porque com este calor nem apetece pensar), o anúncio tem tudo. O que mais me agradou foi a ideia das asas serem associadas à leveza da cerveja.
Este anúncio fez-me lembrar a excelente mini-série "Anjos na América" que a :2 tinha recentemente acabado de transmitir e com a qual fiquei fascinada. Na verdade faltam-me as palavras para descrever a série.

As conversas de autocarro

Uma vez disseram-me "quando pensares que não pode haver nada pior do que determinada coisa, vai haver algo que te vai mostrar que é sempre possível ser ainda pior".
Ultimamente tenho andado com maior frequência nos autocarros da Boa Viagem que são os únicos que fazem carreiras para trás do sol posto, ou seja, onde eu moro.
Como tenho uma tendência para adormecer durante a viagem, costumo sentar-me nos lugares da frente onde é mais fácil perceber onde estou quando abro os olhos. O problema é que esses lugares também são os escolhidos por umas senhoras que gostam de ir o caminho todo a tagarelar sobre tudo e mais alguma coisa, oferecendo, aos restantes passageiros, as suas opiniões e comentários formulados como se fossem dogmas.
O grande prazer destas senhoras é debruçarem-se sobre a vida de outras pessoas e sobre o trânsito. No entanto, como observadora neutra, saliento que é impressionante o nível de barbaridades seguidas que elas conseguem dizer, principalmente quando fazem juízos de valor ou comentários sobre condução quando nem sequer sabem para que servem os pedáis.
É verdade, quando eu pensava que não havia nada pior do que conversas de elevador, eis que aparecem as conversas de autocarro. Esta variante das conversas de circunstância, utilizadas para quebrar silêncios incómodos e ocupar o tempo é tremendamente pior do que as de elevador por uma razão muito simples: eu fico dez segundos no elevador, mas a viagem de autocarro demora uma hora!

quinta-feira, julho 22, 2004

Uma falha de luz por dia nem sabe o bem que lhe fazia

Hoje de manhã quando cheguei à F.P.F. disseram-me que não havia luz, em príncipio até às 11h. Isto significa que não havia elevador, computadores ou sequer telefone. Portanto não havia forma de me entreter.
Senti-me a voltar aos tempos de escola em que, quando o prof faltava, o pessoal ía todo para o café. Foi exactamente isso que fizemos, o café aqui do lado parecia uma sala de estar dos funcionários da F.P.F.
Depois lá fomos andando para o edifício e passado mais uns minutos decidimos começar a subir as escadas muito devagarinho, afinal não havia grande pressa.
Infelizmente a falha electrica foi resolvida com uma hora de antecedência, o que eu acho indecente. Para compensar ainda não tenho acesso à rede.
Vou fazer um protesto porque todos estes factores estão a interferir com a minha (muito reduzida, quase residual) vontade de trabalhar...
Esqueci-me de vos contar que já me disseram que "vai ser muito complicado" eu ficar cá...parece que há muitas cunhas que têm de ser satisfeitas e portanto saem os elos mais fracos, adeus!
Agora que já tenho luz, já tenho mais formas para me entreter, afinal de contas, daqui até ao fim do mês ainda falta algum tempo.

Crise de identidade

Se:
quem tira engenharia é engenheiro;
quem tira medicina é médico;
quem tira advocacia é advogado;
quem tira jornalismo é jornalista;
quem tira gestão é gestor;
quem tira publicidade é publicitário;
quem tira design é designer;
quem tira assessoria de imprensa é assessor de imprensa;
... (acho que já deu para perceber onde quero chegar)

Então:
quem tira Comunicação Social - variante cultural é o quê?

segunda-feira, julho 19, 2004

Onde é que eles andam?

Estou preocupada com a ausência da Fátima Felgueiras, ou Fátinha como a costumo tratar. Esta minha preocupação não é recente e acho que uma senhora com tanto gabarito devia ser melhor tratada. O que é que será que se passa com a Fátinha? É que há mais de dois meses que ela não dá uma conferência de imprensa.
Esta ausência entristece-me imenso, pois caso não se lembrem a última vez que ela apareceu na televisão foi um fartote de rir e acho, sinceramente, que a nossa televisão precisa de mais e melhor humor.
Por falar em ausências prolongadas no Brasil...o que é que é feito do padre Frederico?
Se alguém tiver notícias destas personagens incontornáveis agradecia que as partilhasse, não se oferecem alvíssaras.

Resumindo...

Ontem no telejornal deram uma notícia que mais parecia uma das anedotas dos malucos do riso.
O novo Governo foi tomar posse e sinceramente não sei o que foi mais caricato, se a cara de surpresa do Paulo Portas quando soube o nome do seu ministério ou a tentativa de do Santana Lopes de resumir o discurso.
Gostava de saber quem é que escreveu aquele discurso, porque, pela quantidade de páginas que o Sanatana saltou, estive na dúvida se era mesmo o discurso ou se (só no gozo) tinham trocado aquilo por uma cópia dos Maias.
Mas ainda assim não sei porque é que fiquei surpreendida, afinal, quem aturou o Guterres durante seis anos é capaz de suportar quase tudo...

sexta-feira, julho 16, 2004

Dias decisivos...

Ouvi dizer, por estes corredores federativos, que entre ontem e hoje o Presidente (neste momento faço sempre uma vénia) ía decidir o meu futuro. Ou seja, ía decidir quanto à proposta que fizemos de eu ficar cá a fazer um estágio profissional com uma duração de 9 a 12 meses.
Muito sinceramente, não estou com grande fé quanto a uma resposta positiva, algo me diz que por estes lados não há...como é que devo dizer...receptividade (?) para terem cá uma pessoa a trabalhar durante esse período e pagarem apenas uma percentagem do ordenado.
Para além de não acreditar muito, agora estou com uma dúvida tremenda. Em que situação é que devo comemorar?
Cada vez que penso no rumo que este departamento está a levar fico mais na dúvida se ficar cá é bom ou se é mau. Ainda assim, por muito mau que isto esteja, a angústia associada ao desemprego é maior e prefiro ficar aqui do que ficar em casa...sempre dá para ganhar experiência e no currículo fica sempre bem.

quinta-feira, julho 15, 2004

Parabéns a nós...

Algures entre ontem e hoje este blog atingiu a marca das 2000 visitas.
Juro que não ando a fazer o mesmo que fizeram na eleição do Mourinho!
Espero que este número seja um sinal de que gostam do que eu aqui deixo. Espero que continuem a voltar e a deixar comentários.

Revolução

O meu pai é um adepto fanático da TSF, pelo que quando estou no carro com ele só se ouve uma estação. Para evitar decorar as notícias habituei-me a deixar de ouvir, pois até algum tempo atrás, durante uma viagem de uma hora, eu chegava a ouvir o mesmo noticiário três ou quatro vezes.
No entanto, ultimamente, tenho notado algumas alterações. Para meu grande espanto, a TSF passou a dar música entre os noticiários em vez dos, até então, habituais 10/15 minutos de publicidade.
O mais interessante neste caso é que as músicas até são engraçadas e eu tenho gostado delas. Ontem, porém, fiquei algo assustada e suspeito que o mundo está a ficar de pernas para o ar, pois passaram uma música de Celine Dion. Não pensem que eu estou a reclamar porque eu até gosto de Celine Dion. Sim, eu confesso, é verdade que gosto, até tenho alguns cd's!
Depois desta mudança já espero tudo e já estou a pensar qual será a próxima surpresa. Será que a Ana Gomes e o Francisco Louçã vão fazer uma conferência de imprensa conjunta onde vão afirmar que perceberam que são uns autênticos energúmenos* e que constataram, finalmente, que o seu contributo para a política e para o país é completamente negativo (-15 numa escala de 0 a 20) e por isso vão retirar-se e pedir asilo ao Botswana?

*A palavra energúmeno é aqui utilizada no seu sentido figurado e para que não haja quaisquer confusões transcrevo aqui a definição do dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora: energúmeno - s.m. possesso do Demónio; [fig] pessoa que, dominada por uma obsessão, pratica desatinos.
Ainda estou a ponderar se eles estarão ou não possessos pelo Demónio, portanto fico só pelo sentido figurado.

quarta-feira, julho 14, 2004

A vida não é uma praia

Esta está a ser uma semana complicada e a procissão ainda vai a meio.
No domingo de manhã acordei com o telemóvel. Era a minha orientadora a dizer-me que o Secretário-Geral da FPF tinha morrido. Lá foi o domingo para o lixo...
Na segunda cruzava-me com as pessoas que andavam todas de lágrimas nos olhos, foi aí que me apercebi do que realmente se tinha passado. Afinal de contas o Manuel Quaresma tinha apenas 49 anos, um filho com 20, montes de planos por realizar e uma vida pela frente.
Na terça fomos ao velório e ao funeral. Arrependi-me tremendamente de ter entrado na igreja, pois não fazia ideia que o caixão estava aberto.
Hoje é quarta, parece que a semana já dura há um mês. Para ajudar à festa a minha orientadora está de baixa. Andou aqui até não poder mais, agora está em casa para recuperar as forças gastas num trabalho onde não lhe dão o valor merecido. Entretanto eu vou tentado segurar as pontas, apesar de por vezes me sentir perdida.
Para terminar este meu choradinho, só falta dizer que estou prestes a acabar esta minha colaboração não remunerada com a FPF e ninguém me diz se é para continuar ou não. Será que devo fazer uma informação a explicar que a telepatia não faz parte dos meus dotes?
Portanto, se houver alguém interessado em contratar uma brilhante jovem recém-licenciada em Comunicação Social-variante cultural, com um domínio vastíssimo de variadas coisas, dê-me uma apitadela...pode ser que eu conheça alguém assim.
Em época estival apetecia-me que a vida fosse mais beach e menos bitch.

sábado, julho 10, 2004

Hoje vi um filme que me deu vontade de ter esperança outra vez. Depois reflecti sobre os meus próprios pensamentos e lembrei a mim própria que a vida não imita a ficção.
A vontade de voltar a ter esperança continua aqui. Veio não se sabe de onde, mas sinto-a tal como das outras vezes. Apesar de saber que esta sensação precede sempre uma desilusão e que desta vez não tenho nada que me alimente a esperança, ela continua aqui.
Sinto-a como um ferro em brasa que me toca por dentro, parece que me diz para me deixar de coisas sem importância e para voltar a viver, que chega de me limitar a sobreviver.
Talvez seja altura de acordar, mas acordar para quê? Para ver o quê? O que será que despoletou esta sensação? Parece que algo me diz que vale a pena continuar a ter vontade e continuar a lutar por algo que acho que é meu por direito.
Talvez seja altura de crescer, abrir os olhos e de me deixar de "sensações" que me perseguem desde alguns anos a esta parte. Será que o caminho passa por pôr os pés no chão definitivamente e deixar de ter esperança?
Dizem que depois da tempestade vem sempre a bonança, pois eu estou farta de tempestades.
Quero a bonança que me é devida!

quarta-feira, julho 07, 2004

( i ) m u n d o

Um dia acordei
e assim pensei:
O mundo
está imundo.

Assim me levantei
e mal-disposta fiquei.
De que vale estar
sempre a sonhar?

O mundo não é
e nunca será
aquilo que esperava:
o melhor que há!

Mariana Janeiro

A autora deste poema é a minha irmã e decidi publicá-lo aqui por duas razões:
1. Ela merece, a sacana da miúda até escreve umas coisas engraçadas, para quem tem 13 anos e tem o pensamento toldado pelas hormonas;
2. São muitos os dias em que acordo e sinto-me exactamente da forma que a Mariana descreve neste poema: desiludida com tudo. Dias em que eu acho que merecia que o mundo me desse muito mais do que aquilo que me dá. Momentos em que me sinto prestes a perder a esperança e a vontade de continuar a lutar, mas depois passa-me...e a ela também.

segunda-feira, julho 05, 2004

A tragédia grega por Ferrada

Era uma vez uns meninos que tinham o sonho de serem campeões da Europa.
Depois de um começo azarado decidiram apanhar uma bela bebedeira com umas miúdas russas e a acompanhar uma vodka limão, seguiram-se as tapas, sempre de difícil digestão, mas estas encontravam-se deliciosas e de tenro sabor.

Mais tarde, saíram ao nosso caminho uns tais de ingleses, que dizem as más línguas vivem numa ilhota no norte da Europa rodeados de cerveja....mas o que eles não sabiam é que o tuga gosta de vinhaça e a bebedeira do vinho dá mais forca, como tal, demos uma valente coça que deixou os nossos amigos ko e a pensar que tínhamos tomado alguma poção magica antes do jogo.
De manha ao acordar, e com a ressaca a zumbir na mona, nada melhor que um suminho bem fresco de laranja vitaminada para abrir o apetite para a final.

Epílogo
Somos um povo triste e como tal bem no fundo dos nossos corações já pressentíamos que algo de nefasto ia acontecer....o chamado terrível fado lusitano.
Apareceram uns gregos os mesmos da abertura, mas desta vez eram mais...muito mais....faziam muito barulho e gritavam que queriam hellas....mas elas quem?
No final a tragédia abateu-se sobre os nossos meninos, Camões no céu ao lado de Sócrates escrevia mais uma estrofe triste, enquanto o nosso amigo Onasis acendia mais um charuto...o da vitoria.


P.S. Este texto foi publicado ao abrigo da lei do anonimato, se não existe nada disso passa a existir agora e será brevemente publicada no Diário da República do Espaço Virtual de Baboseiras.

"Contra os canhões marchar, marchar!"

O que se passou ontem não foi nenhuma desgraça nem sequer um motivo de vergonha, muito pelo contrário. Temos muitos motivos para nos orgulhar: fizemos a melhor campanha de sempre num Europeu, o Euro2004 foi um sucesso a todos os níveis e a mobilização nacional foi um estrondo.
Claro que fiquei triste que acho que podíamos ter feito melhor, mas depois deste Europeu, penso que não temos motivos para esmorecer, baixar a cabeça, desistirmos ou crucificarmos a equipa ou o treinador.
Foi bonito ver toda uma nação a cantar o hino, a "levantar hoje de novo o esplendor de Portugal", mas foi ainda mais bonito ver os portugueses a comemorarem no fim do jogo, porque apesar de termos perdido continuamos a ter muitas razões para nos sentirmos orgulhosos.

sábado, julho 03, 2004

Euro2004

Fico feliz por estar a ver o fim ao torneio. Entre jogos de Portugal, elaboração, entrega e apresentação do relatório, mudança de instalações da FPF, muito trabalho e vendas de cachecóis, questões pessoais, saídas, estas últimas semanas têm sido longas e cansativas.
Finalmente o Euro está a acabar e podemos dizer que foi um sucesso, agora só falta ganharmos aos Gregos e estou convencida de que isso vai acontecer. Espero que seja uma grande festa, eu vou fazer a minha parte no estádio: torcer pela nossa Selecção.
Só tenho um problema, depois da nossa vitória eu vou ter que ir festejar e depois como é que vou trabalhar na segunda de manhã? Algo me diz que o marketing vai ter que se aguentar sem mim...