Eu sei que ainda agora voltei ao trabalho, mas continuam a dar-me a mesma bosta de tarefa.
Também sei que já me queixei da (pouco) nobre arte de vender publicidade para a porcaria das revistas, mas aquilo não tem melhoras...para além de que como se não me bastasse ter uma revista, um tríptico (que nome mais apaneleirado) que pode passar a dois e uma monofolha que também pode aumentar, para encher de publicidade, ainda tenho tudo o resto: "arranja-me duas bandeiras", "tenho um senhor que quer comprar um pin", "prepara esta encomenda", "arranja-me duas canetas" ou "responde a esta carta"...só falta mesmo o "limpa-me o rabinho".
De qualquer forma, vim aqui relatar-vos uma conversa telefónica que eu tive hoje com uma senhora de uma empresa cujo nome começa por "Uni" e termina em "pack", lá pelo meio tem tantas letras como a gaja tinha de educação:
Ana: Boa tarde, eu estou a ligar da (aquele sítio fantástico que vocês sabem, quem não sabe e quer muito, muito saber pode procurar nos posts antigos) e quero enviar-vos uma proposta de publicidade. será que me pode dizer para onde a ...
Gaja: Não queremos!
Ana surpreendida porque normalmente deixam-me acabar, pelo menos, esta frase: Desculpe?
Gaja: Não queremos, não estamos interessados!
Ana: (Oh minha grande vaca!) Então, mas está a dizer-me que não está interessada em algo que nem sabe o que é...
Gaja: É isso mesmo, não estamos interessados, mas se quiser mesmo enviar...
Ana: (Vacarrona, podes ter a certeza que vou enviar nem que seja só para te chatear e obrigar a responder!) Já agora, se não se importa, vou mesmo enviar. Podia dar-me o número de fax, por favor?
Gaja: É o 234*** ***.
Ana: (Com a voz embargada pela satisfação) Muito obrigada. Já agora, pode dizer-me a quem devo dirigir o documento?
Gaja: Ao fax!
...(momento de silêncio porque fiquei sem palavras perante tamanha enormidade)
Ana: Com certeza, dirijo ao fax. Muito obrigada, mas uma vez, boa tarde e bom fim-de-semana!
O pior de tudo é que situações como esta e outras semelhantes não são tão raras quanto isso...
Conclusão: Há por aí muita gente a precisar de Valium! E por este caminho, qualquer dia eu também!
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