segunda-feira, março 21, 2005

Ao que isto chegou

O ano passado por esta altura andavamos a dizer coisas como "nunca mais para de chover".
Porém, este ano a conversa é bem diferente: já inseminámos as nuvens e ficámos frustrados quando elas foram parar aos Açores, alguns devem ter feito a dança da chuva e outros até devem ter cantado a música da Linda de Suza...tal era o desespero.
Hoje está a chover, no entanto, para que o mal fosse remediado, era preciso que estivesse assim durante um mês.
Vamos torcer para que a chuva caia em abundância para que o próximo Verão não seja completamente caótico e não arda o resto do país que sobreviveu aos incêndios do ano passado.

P.S. Desta vez o texto foi escrito mesmo por mim. Estou em pé em frente ao monitor, mas já estou de volta!

sexta-feira, março 18, 2005

A Anita regressa

Finalmente estou de volta!
Na passada quarta-feira fez duas semanas desde a última vez que aqui escrevi e já andava a sentir a falta disto.
Esta ausência tão prolongada não se deve à operação a que fui sujeita, pois, na verdade, esta até foi bastante simples.
Só que após ter regressado a casa tenho estado deitada na cama, de barriga para baixo (claro!), e impedida de ir ao computador (ainda não me posso sentar).
De qualquer forma, temos estado sem internet, ou melhor, sem firewall e , por precaução, temo-nos mantido afastadas da net.
Este post está a ser feito coma colaboração da minha irmã que desde logo se voluntariou para vir escrevê-los, uma vez que eu ainda não posso.
Resumindo e concluindo, quem é vivo sempre aparece, por isso cá estou eu de regresso às lides bloguísticas, ainda que não a 100%.
Isto tudo para dizer para dizer que ainda n desisti nem que me esqueci do caminho para vir aqui dizer as minhas baboseiras.

quarta-feira, março 02, 2005

O fim do suspense

Na passada segunda-feira lancei aqui um mistério. Na verdade parece que não houve muita gente preocupada com isso, pois só uma pessoa comentou...
Enfim, eu dizia que voltaria aqui antes de quinta para contar o que vai acontecer. Prometi também que iria falar do meu irmão gémeo. Ora quem me conhece estranha, certamente mais, a segunda parte do que a primeira, pois eu só tenho uma irmã nove anos mais nova. Então, de que estarei eu a falar quando me refiro ao meu gémeo?
Vamos começar a história pelo princípio (e perdoem-me se este post se tornar demasiado extenso).
Fez no passado mês de Dezembro um ano que eu tive uma grave crise de dores ao fundo das costas. Quando já não me conseguia mexer, fui ao hospital. A Dr.ª receitou-me um antibiótico e mandou-me ir ao cirurgião o quanto antes...só de ouvir a especialidade toda eu tremi. O Sr. Dr. cirurgião explicou-me que eu tinha um quisto dermóide, que é constituído por restos de movimentos embrionários. Ou seja, são células que estão connosco desde a altura em que eramos do tamanho de uma ervilha e que por algum erro não foram para o sítio correcto. Podem ganhar a forma de ossinhos, unhas, cabelinhos. Os quistos dermóides surgem ao fundo das costas na região do cóccix.
Quando dei conta o meu estava com uma grande infecção e eu vou-vos poupar ao promenores sórdidos que envolvem drenos.
Ficou decidido que teria que ser operada, mais tarde ou mais cedo, porque eles podem estar muito tempo sem dar problemas ou podem ser mais chatos (como o meu) e infectar quase mês sim, mês não obrigando a andar frenquentemente a tomar antibióticos.
Bem, resumindo, amanhã por esta hora já não tenho quisto. Vou ser operada ao início da tarde. Como é óbvio já estou em pânico, mas não por causa da operação: o pior de tudo são as agulhas, a anestesia, o facto de poder estar a soro, etc... Depois disso resta-me, pelo menos, um mês de recuperação na caminha e de rabiosque para o ar. Vai ser a re-edição de uma história famosa de há 2000 anos atrás em que o protagonista passava o tempo "nas palhinhas deitado ou nas palhinhas estendido".
E onde é que entra o gémeo?
Ter um quisto foi como um passaporte de entrada para um universo paralelo em que descobri imensa gente que tem ou já teve o mesmo problema, que atinge todo o tipo de pessoas, uma das quais me presenteou com a seguinte teoria: as células que formaram o quisto eram inicialmente destinadas a formar um gémeo que, por alguma razão, falhou. Claro que esta teoria foi-me prontamente desmentida, o que não fez com que ela deixasse de ser muito engraçada.
Desde então, o quisto é conhecido, cá em casa, como "o maninho". Não sei se viram aquele filme do Harry Potter em que o Voldemort está na nuca de um dos professores? O meu gémeo é mais ou menos a mesma coisa, só que não é do mal, não fala e está mais abaixo.
O título deste post tem duas interpretações: o fim do suspense reles que eu criei na segunda-feira e o fim do caso "maninho" que já se andava a arrastar há demasiado tempo.
Logo, durante os próximos dias não vou poder vir aqui partilhar as minhas baboseiras convosco, mas assim que voltar para casa dou aqui um pulinho para dizer que sobrevivi às agulhas.

Apanhado

Hoje, quando voltava do almoço, vi o Francisco Louça de óculos escuros e uma mala preta na mão a andar na direcção da Sede do PS. Se logo à noite vir uma notícia a dizer "Sede do PS abalada por forte explosão" já sei a quem devo ir pedir explicações.