É sabido que as pessoas que têm pouco que fazer "deitam-se a pensar". Foi em momentos de pouca actividade como estes que surgiram coisas tão importantes nos nossos dias como a lei da gravidade (o marmanjo estava debaixo da árvore a bater uma sorna e fica conhecido para todo o sempre por ter levado com uma maça na cabeça), a mini-saia (a senhora tinha pouco que fazer na ala masculina e pensou que um cinto em vez de saia aumentaria as suas probabilidades), o Castelo Branco (dispensa apresentações) e este blog (se consultarem os arquivos vão ver que nasceu numa época em que tinha uma quantidade de trabalhos da escola inversamente proporcional à vontade para os fazer).
Ultimamente ando com muito pouco que fazer. Bem que me tento entreter, mas nem sempre é possível.
Hoje, estava no comboio a regressar a casa quando de repente me comecei a lembrar dos tempos em que andava na Escola Secundária Reynaldo dos Santos (essa grande instituição onde eu nasci para a comunicação, não sei se a abençoe ou se a amaldiçoe) e cheguei, mais uma vez, à conclusão de que era uma parvinha.
Não tenho vergonha de o admitir, era parvinha. Fazia parvoíces, pensava em parvoíces,...
Na altura tinha entre 15 e 17 anos, morava num sítio em que não conhecia e não lidava bem com o meu nível de parvoíce, o que fazia com que fosse mais reservada.
Claro que com 15 anos toda a gente é parva, mas com o mal dos outros posso eu bem. E nesta frase reside a nova informação, a peça fulcral deste texto com mais parentisis do que pontos finais, a grande revelação: eu ainda hoje sou parvinha, bem, talvez agora seja mais a puxar para o parvalhona.
A diferença é que aos 15 anos todos somos parvos, mas alguns ultrapassam essa frase e tornam-se pessoas sérias, sensaboronas e sem qualquer interesse. Outros mudam a sua linha de orientação e tornam-se estúpidos, grunhos e matarros. Outros, como eu, continuam arvinhos, mas de uma forma mais refinada. Conseguem controlar-se em algumas situações e chegam mesmo a conseguir passar por "normais" ou por "pessoas com piada", mas o seu verdadeiro habitat é constituído por parvoíces como este blog e povoado por leitores como vocês.
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