segunda-feira, abril 24, 2006

Rádio Pernes

Há coisa de um ano atrás, recebi uma mensagem no voice mail do meu telemóvel que me deixou de queixo caído.
Um amigo dos tempos de Setúbal, que na altura era jornalista na Rádio Pernes, ligou-me para dizer que tinha mostrado o EVB a uma das animadoras da Rádio e que queriam que eu fizesse uma crónica semanal.
Primeiro não fazia ideia que ele mostrasse isto a alguém, segundo não fazia ideia que esse alguém me endereçasse um convite deste género.
Assim começou uma aventura e "sem saber ler nem escrever" comecei a cronicar semanalmente na Rádio Pernes sobre aquilo que me desse na real gana.
A experiência do Espaço Virtual de Baboseiras foi fundamental, pois aqui comecei a escrever para um público, sujeitando-me às opiniões (de parte) deste, mas houve qualquer coisa dentro de mim que deu um leve sinal de que ainda andava por cá, o bichinho da rádio.
Durante muito tempo quis trabalhar em rádio, cheguei a fazer estágios curriculares na Rádio Jornal de Setúbal, mas depois decidi manter-me na área da comunicação, mas abandonar o jornalismo para me dedicar à área que no nosso curso se chamava "cultural", mas que corresponde às relações públicas, aos eventos, à assessoria de imprensa, ao marketing,...
Mas, pelos visto, a rádio resistiu a isto e voltou a entrar pela minha vida dentro sem eu sequer me aperceber.
No dia 11 de Abril de 2005 estava a fazer a minha primeira crónica, gosto de pensar que desde essa data evolui, quanto mais não seja em "à-vontade".
Ainda que as minhas crónicas e aquilo que escrevo aqui sejam algo diferentes, pois tenho que adequar a minha mensagem a um público e a um meio diferentes (McLuhan, és grande!) acredito que a essência seja a mesma.
Assim, e para partilhar convosco esta faceta, vou começar a publicar aqui alguns dos textos. As crónicas podem ouvi-las em directo na Rádio Pernes, em www.radiopernes.pt ou em 101.7 / 105.5, todas as segundas-feiras, por volta das 9h15.

Aviso à navegação: a Rádio Pernes é uma rádio regional da zona de Santarém e é dirigida a um público muito específico, pelo que, em termos de música, não vão à espera de uma RFM.

sexta-feira, abril 21, 2006

Os parvinhos do mundo

É sabido que as pessoas que têm pouco que fazer "deitam-se a pensar". Foi em momentos de pouca actividade como estes que surgiram coisas tão importantes nos nossos dias como a lei da gravidade (o marmanjo estava debaixo da árvore a bater uma sorna e fica conhecido para todo o sempre por ter levado com uma maça na cabeça), a mini-saia (a senhora tinha pouco que fazer na ala masculina e pensou que um cinto em vez de saia aumentaria as suas probabilidades), o Castelo Branco (dispensa apresentações) e este blog (se consultarem os arquivos vão ver que nasceu numa época em que tinha uma quantidade de trabalhos da escola inversamente proporcional à vontade para os fazer).

Ultimamente ando com muito pouco que fazer. Bem que me tento entreter, mas nem sempre é possível.

Hoje, estava no comboio a regressar a casa quando de repente me comecei a lembrar dos tempos em que andava na Escola Secundária Reynaldo dos Santos (essa grande instituição onde eu nasci para a comunicação, não sei se a abençoe ou se a amaldiçoe) e cheguei, mais uma vez, à conclusão de que era uma parvinha.

Não tenho vergonha de o admitir, era parvinha. Fazia parvoíces, pensava em parvoíces,...

Na altura tinha entre 15 e 17 anos, morava num sítio em que não conhecia e não lidava bem com o meu nível de parvoíce, o que fazia com que fosse mais reservada.

Claro que com 15 anos toda a gente é parva, mas com o mal dos outros posso eu bem. E nesta frase reside a nova informação, a peça fulcral deste texto com mais parentisis do que pontos finais, a grande revelação: eu ainda hoje sou parvinha, bem, talvez agora seja mais a puxar para o parvalhona.

A diferença é que aos 15 anos todos somos parvos, mas alguns ultrapassam essa frase e tornam-se pessoas sérias, sensaboronas e sem qualquer interesse. Outros mudam a sua linha de orientação e tornam-se estúpidos, grunhos e matarros. Outros, como eu, continuam arvinhos, mas de uma forma mais refinada. Conseguem controlar-se em algumas situações e chegam mesmo a conseguir passar por "normais" ou por "pessoas com piada", mas o seu verdadeiro habitat é constituído por parvoíces como este blog e povoado por leitores como vocês.

terça-feira, abril 04, 2006

Espaço Virtual de Baboseiras, ou o canto do quisto

Recentemente fez um ano que fui operada para sacar o larbinhas (petit-nom do quisto aqui por casa).
Na altura partilhei o triste/feliz (o larbinhas morreu/finalmente livrei-me do sacana do larbinhas) convosco, registando o momento para a posteridade.

Quando me lembro, gosto de ir ao contador de visitantes ver quais são as expressões que trazem os viajantes incautos ao Espaço Virtual de Baboseiras e é frequente encontrar expressões de pesquisa como "quisto" ou "quisto dermóide".
Para além disso, ultimamente têm chegado à caixa de correio alguns e-mails de visitantes (essencialmente do sexo feminino) que padecem do mesmo problema e que gostariam de ter um relato em primeira mão ou simplesmente conversar com alguém que passou pelo mesmo.
Saber que este espaço é de alguma utilidade para as pessoas que estão desse lado enche-me de orgulho, por isso se me quiserem escrever (sobre quistos ou só para dizer olá) estejam à vontade, o e-mail baboseirasvirtuais@hotmail.com foi criado para vocês. Deste lado fica a promessa de resposta.

domingo, abril 02, 2006

Pró natal o meu presente eu quero que seja

Quero apaixonar-me e ser correspondida. Voltar a sentir tudo o que já senti, antes que me esqueça. Tenho medo que passe tempo demais e que depois seja demasiado tarde.

Este post poderia transformar-se na maior lamechice de toda a história, por isso, e antes que fique irremediavelmente lamechas, vou destrambelhar dizendo que, pensando melhor, talvez não seja boa ideia esperarmos até ao natal...estou farta de passar as festas "sozinha".

Já nem sequer consigo desviar este post do seu rumo ultra-lamechas, por isso vou-me ficar por aqui.