quarta-feira, maio 23, 2007
Rugas de expressão não resolvem os problemas
Simplesmente não é necessário porque não há preocupação que vá resolver o assunto. Muitas vezes sofremos por antecipação (foi preciso a Susana Martins dizer-me isto tantas vezes até que eu finalmente percebesse) em relação a algo que na altura em que é necessário se resolve porsi próprio.
Dito assim parece demasiado simplespara ser verdade, mas garanto-vosque o é e que assim que operceberem a vossa perspectiva do que vos espera (não digo da vida porque iria parecer demasiado dramático) vai ser diferente.Sei que a minha é.
Na altura indicada (quando tiver mesmo que ser e nunca antes, porque afinaltudo tem o seu timming) o destino, Deus, o acaso, a conjuntura ou tu mesmo (sim porque mesmo que não te apercebas as tuas acções influenciam a tua vida) ou seja o que for em que tu acredites vão mostrar-te o caminho a seguir ou a resposta que tanto procuraste e pela qual sofreste antecipadamente.
Por exemplo, podes planear de véspera o que vais vestir, ver o boletim meteorológico, olhar para o céu, até fazeres o pino, se achas que isso ajuda, mas só no dia e depois de pores a cabeçafora da janela é que vais saber se tens que levar casaco ou não.
E isto aplica-se a tantas coisas...
Agora que penso nisso, acho que sóme apercebi disto há aproximadamente um ano numa altura em que estava atentar perceber algo acerca de mim mesma. Despois de dar muitas voltas àcabeça, de não pensar noutra coisa durante dias a fio, de repente, do nada, disse a mim própria "deixa-te disso, larga as etiquetas, quando um dia chegar a hora e tu estiveres perante essa questão tu vais decidir e se mais tarde decidires ao contrário que assim seja, mudas, cresces, aprendes e vives de acordo com as tuas decisões, as tuas escolhas e aquilo em que acreditas".
Porque no final de tudo quando fizeres a prova dos nove só uma solução é que vai dar certa.
Saber isto é do mais libertador que pode haver e depois é só esperar pela altura da decisão,sem sofrimentos antecipados, mas sem esperar sentado, porque daqui até lá há muito para ser feito.
terça-feira, maio 22, 2007
Mika
No outro dia prestei uma atenção especial à música Happy ending. Por ter gostado tanto daqueles versos e também achar que já não há finais felizes deixo-vos aqui uns excertos.
This is the hardest story that I've ever told
No hope, or love, or glory
Happy endings gone forever more
I feel as if I feel as if I'm wastin'
And I'm wastin' everyday
This is the way you left me,
I'm not pretending.
No hope, no love, no glory,
No Happy Ending.
This is the way that we love,
Like it's forever.
Then live the rest of our life,
But not together.
O álbum de estreia de Mika - Life in Cartoon Motion - é essencialmente um álbum que nos deixa com vontade de pular, tal como a música Grace Kelly, mas ainda que esta música fuja um pouco a essa tendência insere-se perfeitamente no conjunto. É como respirar fundo depois de termos corrido.
sexta-feira, maio 11, 2007
Mas quando aqui cheguei olhei para o espaço em branco e fiquei sem saber o que escrever.
Acho que tenho que me esforçar por vir aqui mais vezes.
Isto só pode ser umsinal de que me desabituei de aqui vir escrever e acho que ainda não estou pronta para cortar o cordão umbilical que me liga a este blog.
quarta-feira, abril 04, 2007
Fazer a nossa parte
Cada vez que iniciarem uma conversa no Messenger, a MSN vai doar uma parte das receitas publicitárias para a organização que vocês escolheram. E esta não é uma daquelas tangas que vos enchem a caixa do correio.
Mas o que é que é preciso fazer? É tão simples quanto acrescentares à frente do teu nome no Messenger meia dúzia de letras e garanto-vos que é tão complicado quanto parece.
Daí em diante, cada vez que começarem uma conversa irão contribuir para instituições ligadas a causas tão importantes como a sida, esclerose múltipla, refugiados, cancro da mama, jovens em risco ou o aquecimento global.
Só há uma coisa que têm que se lembrar, quando vos perguntarem digam que moram nos Estados Unidos, caso contrário não será possível participar, mas não me parece que se vocês tiverem mesmo vontade de ajudar a fazer a diferença que vai ser uma perguntinha que vos vai impedir.
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Em primeiro lugar devo dizer que os hassidim não procuram convencer ou converter os povos. Assim, não escrevo para ser lido; escrevo para conservar a verdade dos factos e a perenidade da memória. É por ela que escrevo e para a posteridade: foi com os meus pais e os pais dos meus pais que aprendi que era preciso registar e conservar escondidas num cantinho do mundo as coisas e os pensamentos, não com vista à actualidade e aos leitores de agora, pois nós temos uma vocação monástica e vivemos à parte, mas para os leitores futuros, as gerações por vir que saberão descobrir e compreender: descobrir nos segredos e compreender a nossa língua. Não escrevo para mim, pois a escrita não é fuga ou confissão herética e pagã. Para mim e para os meus, a escrita é sagrada, é um rito a que me entrego quase contra vontade, com o sentido do dever. E a minha forma de orar, de procurar o perdão; de sacrificar.
terça-feira, fevereiro 20, 2007
15000
Nesta altura sinto mais vontade de postar e espero conseguir voltar a fazê-lo com regularidade para que vocês possam ler as minhas baboseiras.
Obrigada a todos e parabéns a mim!
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
Sugestões da chef
Afinal o vídeo é muito bom, não só no que diz respeito à forma como está produzido (adorei os jogos com as palavras), mas também pelos conceitos que apresenta sobre a net e a necessidade de, em último caso, nos re-inventarmos enquanto re-inventamos o mundo que nos rodeia e a forma como nos relacionamos com ele.
Vejam e digam-me qualquer coisa.
sábado, fevereiro 03, 2007
Les misèrables
Se fazemos alarido do que temos de bom, porque não fazê-lo também com o que temos de mau? Vamos revolucionar a promoção nacional e, já que estamos numa de non-sense, damos também um Nobel de "gajo mais iluminado" para o Ministro Manuel Pinho.
A triste verdade é que se nós, opinião pública, não fossemos uma massa anónima de atrasados mentais, teríamos o descernimento de perceber que se o tipo está à frente do ministério da economia e INOVAÇÃO é porque é uma especialista do caraças no assunto, uma pessoa muito à frente do seu tempo e, como todas que o são, um incompreendido.
Daqui a uns anos, quando ouvirmos slogans como "Brasil, onde ninguém toca num corrupto e os gangs das favelas ditam a lei" ou "Estados Unidos da América, venha divertir-se com a tristeza de presidente que nós temos", ainda vamos dar razão ao Manuel Pinho.