quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Sou viciada em leitura, mas ao mesmo tempo sou uma agarrada fina, não leio qualquer coisa. Tem que ser dentro daqueles géneros específicos que eu gosto. Agora ando a ler os livros que a Visão anda a oferecer,mais precisamente o "Qumrâm - O Enigma dos Manuscritos do Mar Morto" e hoje li uma passagem que tenho que partilhar convosco:

Em primeiro lugar devo dizer que os hassidim não procuram convencer ou converter os povos. Assim, não escrevo para ser lido; escrevo para conservar a verdade dos factos e a perenidade da memória. É por ela que escrevo e para a posteridade: foi com os meus pais e os pais dos meus pais que aprendi que era preciso registar e conservar escondidas num cantinho do mundo as coisas e os pensamentos, não com vista à actualidade e aos leitores de agora, pois nós temos uma vocação monástica e vivemos à parte, mas para os leitores futuros, as gerações por vir que saberão descobrir e compreender: descobrir nos segredos e compreender a nossa língua. Não escrevo para mim, pois a escrita não é fuga ou confissão herética e pagã. Para mim e para os meus, a escrita é sagrada, é um rito a que me entrego quase contra vontade, com o sentido do dever. E a minha forma de orar, de procurar o perdão; de sacrificar.

Acabou agora a Grande Entrevista ao "novo" Procurador Geral da República e depois de ter ouvido uns excertos pergunto-me se é pré-requisito para se ser PGR ser-se inapto e bronco?
É que depois do Souto Moura este Sr. parece ser mais do mesmo...

terça-feira, fevereiro 20, 2007

15000

15000 visitas em menos de 3 anos é um bom marco. Claro que para blogs que fazem isto num mês ou dois as minhas visitas são peanuts, mas estas são as MINHAS por isso agradeço-vos por virem aqui e por continuarem a vir mesmo quando a vontade de escrever não é muita.
Nesta altura sinto mais vontade de postar e espero conseguir voltar a fazê-lo com regularidade para que vocês possam ler as minhas baboseiras.
Obrigada a todos e parabéns a mim!

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Sugestões da chef

O Tubas (nome carinhoso pelo qual o Youtube é conhecido aqui em casa) tem destas coisas: uma pessoa abre o site para ver se o novo episódio da L Word já apareceu e lembra-se de clicar num vídeo que por lá apareceu.
Afinal o vídeo é muito bom, não só no que diz respeito à forma como está produzido (adorei os jogos com as palavras), mas também pelos conceitos que apresenta sobre a net e a necessidade de, em último caso, nos re-inventarmos enquanto re-inventamos o mundo que nos rodeia e a forma como nos relacionamos com ele.
Vejam e digam-me qualquer coisa.

sábado, fevereiro 03, 2007

Les misèrables

Se alguns países usam como bandeira de promoção o facto de terem tecnologia de ponta, de terem o pessoal mais qualificado,de oferecerem boas condições às empresas que lá se instalem, porque é que nós não podemos assumir um papel de ralé e desgraçadinhos do mundo e ir para a China dizer que as empresas se devem instalar no nosso jardim à beira mar plantado porque recebemos ordenados vergonhosos e que os sindicatos são especialistas em roçar o rabo nas cadeiras?
Se fazemos alarido do que temos de bom, porque não fazê-lo também com o que temos de mau? Vamos revolucionar a promoção nacional e, já que estamos numa de non-sense, damos também um Nobel de "gajo mais iluminado" para o Ministro Manuel Pinho.
A triste verdade é que se nós, opinião pública, não fossemos uma massa anónima de atrasados mentais, teríamos o descernimento de perceber que se o tipo está à frente do ministério da economia e INOVAÇÃO é porque é uma especialista do caraças no assunto, uma pessoa muito à frente do seu tempo e, como todas que o são, um incompreendido.
Daqui a uns anos, quando ouvirmos slogans como "Brasil, onde ninguém toca num corrupto e os gangs das favelas ditam a lei" ou "Estados Unidos da América, venha divertir-se com a tristeza de presidente que nós temos", ainda vamos dar razão ao Manuel Pinho.