Estava a ver as notícias, mais especificamente uma reportagem que a SIC fez com umas crianças doentes numa viagem à Lapónia e há coisas que mexem comigo.
Numa época natalícia em que muitos de nós andam que nem baratinhas tontas de loja em loja a gastar dinheiro como se não houvesse amanhã, ouvir uma criança a dizer que no Natal queria "muita saúde e sorrisos", tem o condão de me fazer pensar na hipocrisia desta época.
Porque na verdade, enquanto andamos a gastar dinheiro (alguns de nós gastam mesmo o dinheiro que não têm, endividando-se em prol de um prazer efémero) há outros que não têm nem sequer o mais básico, nem sequer aquilo que nós damos como garantido.
De qualquer forma, um bom natal e um ano novo feliz, de preferência com maior humildade e entre-ajuda da parte de todos, são os meus desejos para vocês e também para mim.
terça-feira, dezembro 23, 2008
sábado, julho 26, 2008
A mais
Hoje finalmente decidi-me a fazer a tal limpeza ao hi5 que há muito vinha a adiar. Durante algum tempo limitava-me a aceitar os convites sem saber de quem eram e foram-se acumulando as pessoas que eu não conhecia de lado nenhum.
Acredito que para certas pessoas que acham que o interessante daquilo é ter o maior número de "friends" esta minha atitude não faça grande sentido, mas eu não compreendo o porquê de ter uma lista interminável de pessoas que não conheço de lado nenhum e com as quais nunca troquei sequer duas palavras.
Mas a estes desconhecidos decidi juntar também todos aquelas pessoas que eu até conheço e que em tempos me adicionaram, mas com as quais perdi o contacto. Sinceramente, algumas daquelas caras já me irritavam, sempre ali a olharem para mim,... (ultimamente este mau feitio anda muito acesso).
Pode ter acontecido que tenha apagado alguém que não era suposto, a esses peço desculpa, mandem o convite novamente, se eu aceitar já sabem de que lado da barricada estão (pareço a cruela deville, mas ao menos estou a ser honesta).
Os números desta limpeza são muito mais expressivos do que qualquer uma das minhas palavras, porque no final, fiz as contas e cheguei à conclusão que tinha apagado 70% (!) das pessoas.
Para mim isto também me faz pensar acerca da quantidade de coisas supérfluas que vamos acumulando ao longo das nossas vidas, a maior parte delas só está ali a fazer monte e a criar bagagem.
Às vezes uma limpeza pode ser muito refrescante e eu hoje sinto-me mais leve. A seguir é o messenger... ;-)
Acredito que para certas pessoas que acham que o interessante daquilo é ter o maior número de "friends" esta minha atitude não faça grande sentido, mas eu não compreendo o porquê de ter uma lista interminável de pessoas que não conheço de lado nenhum e com as quais nunca troquei sequer duas palavras.
Mas a estes desconhecidos decidi juntar também todos aquelas pessoas que eu até conheço e que em tempos me adicionaram, mas com as quais perdi o contacto. Sinceramente, algumas daquelas caras já me irritavam, sempre ali a olharem para mim,... (ultimamente este mau feitio anda muito acesso).
Pode ter acontecido que tenha apagado alguém que não era suposto, a esses peço desculpa, mandem o convite novamente, se eu aceitar já sabem de que lado da barricada estão (pareço a cruela deville, mas ao menos estou a ser honesta).
Os números desta limpeza são muito mais expressivos do que qualquer uma das minhas palavras, porque no final, fiz as contas e cheguei à conclusão que tinha apagado 70% (!) das pessoas.
Para mim isto também me faz pensar acerca da quantidade de coisas supérfluas que vamos acumulando ao longo das nossas vidas, a maior parte delas só está ali a fazer monte e a criar bagagem.
Às vezes uma limpeza pode ser muito refrescante e eu hoje sinto-me mais leve. A seguir é o messenger... ;-)
domingo, março 16, 2008
Ainda estou viva
Pois é. parece que ainda ando por cá. Eu sei que quase um ano de ausência é uma vergonha, mas penso poder atribui-lo à conjuntura. Afinal, a conjuntura é uma gaja com as contas largas e se os políticos a podem culpar de tudo porque é que eu não posso fazer o mesmo?
Já tinha tantas saudades de escrever e só agora que me sentei em frente ao teclado e comecei a carregar nas teclas é que vi a falta que sentia de estar a fazer isto: desabafar para um ecran em branco.
Entretanto passou-se quase um ano, o que é que mudou em mim entretanto? Praticamente nada, tirando que talvez esteja mais parva do que antes, se é que isso é humanamente possível.
Mas afinal o que é que eu andei a fazer desde Maio de 2007 até hoje para me ter mantido tanto tempo afastada deste palco? Nada de especial é a resposta menos interessante e mais verdadeira que existe, mas ainda assim vou tentar ser um pouco mais explícita. Em Junho voltei a trabalhar na Caixa Geral de Depósitos, desta vez na agência das Olaias, onde fiz essencialmente tesouraria. Se no ano anterior tinha adorado a experiência que tive na Gare do Oriente, neste ano tive apenas a confirmação de que adoro fazer aquele trabalho, do qual tenho muitas saudades. Quase tantas como dos colegas fora de série que tive nas duas agências.
Na altura em que estive nas Olaias, mudei-me também para casa da minha avó em Odivelas para evitar andar a gastar tanto tempo e dinheiro em transportes. Ora, a avó não tem net, por isso era complicado vir aqui escrever.
Entretanto, no fim de Setembro acabou o contrato temporário que tinha e vi-me forçada a dizer novamente adeus à Caixa.
Uma semana depois, na altura em que eu me estava a mentalizar para ficar mais 6 ou 7 meses desempregada, recebi uma chamada para ir a uma entrevista para um supermercado aqui perto da minha casa. Como é que isto aconteceu? É simples, antes de entrar para o banco em 2007, no auge do meu desespero de poder ficar desempregada para todo o sempre, sem sequer ter direito a subsídio de desemprego fui-me candidatar a operadora de caixa. Na altura em que me ligaram, lembrei-me exactamente do medo que sentia na altura em que me candidatei, por isso não hesitei e lá fui eu. Comecei a trabalhar no dia a seguir, dia 5 de Outubro.
Entretanto, em Novembro fui chamada ao gabinete do chefe de loja porque queria saber se eu estava disponível para assumir umas funções diferentes. Não é pergunta a que se responda com um não, portanto lá fui eu para o ficheiro. "Então foste promovida?" perguntam vocês. Eu explico e vocês dizem de vossa justiça: trabalho mais horas, tenho mais responsabilidades, tenho os patrões e os chefes sempre à perna e como deixei de fazer os domingos e as noites ainda ganho menos. Mas até tenho conhecido umas pessoas muito interessantes, umas que sinto que estão do meu lado para me ajudarem a manter no caminho certo e outras que tenho descoberto que estão do meu lado para me tentarem empurrar para a berma. Segundo consta, ando-me a aguentar melhor do que muitas pessoas esperavam e, para mim, isso é uma vitória.
Desta experiência estão a ficar algumas aprendizagens que tenho feito, essencialmente sobre as pessoas em si, sobre como devemos pensar pela nossa própria cabeça e sobre como devemos manter sempre a nossa perspectiva pronta a mudar face ao que vamos aprendendo em relação a nós próprios e a tudo o que nos rodeia.
Já tinha tantas saudades de escrever e só agora que me sentei em frente ao teclado e comecei a carregar nas teclas é que vi a falta que sentia de estar a fazer isto: desabafar para um ecran em branco.
Entretanto passou-se quase um ano, o que é que mudou em mim entretanto? Praticamente nada, tirando que talvez esteja mais parva do que antes, se é que isso é humanamente possível.
Mas afinal o que é que eu andei a fazer desde Maio de 2007 até hoje para me ter mantido tanto tempo afastada deste palco? Nada de especial é a resposta menos interessante e mais verdadeira que existe, mas ainda assim vou tentar ser um pouco mais explícita. Em Junho voltei a trabalhar na Caixa Geral de Depósitos, desta vez na agência das Olaias, onde fiz essencialmente tesouraria. Se no ano anterior tinha adorado a experiência que tive na Gare do Oriente, neste ano tive apenas a confirmação de que adoro fazer aquele trabalho, do qual tenho muitas saudades. Quase tantas como dos colegas fora de série que tive nas duas agências.
Na altura em que estive nas Olaias, mudei-me também para casa da minha avó em Odivelas para evitar andar a gastar tanto tempo e dinheiro em transportes. Ora, a avó não tem net, por isso era complicado vir aqui escrever.
Entretanto, no fim de Setembro acabou o contrato temporário que tinha e vi-me forçada a dizer novamente adeus à Caixa.
Uma semana depois, na altura em que eu me estava a mentalizar para ficar mais 6 ou 7 meses desempregada, recebi uma chamada para ir a uma entrevista para um supermercado aqui perto da minha casa. Como é que isto aconteceu? É simples, antes de entrar para o banco em 2007, no auge do meu desespero de poder ficar desempregada para todo o sempre, sem sequer ter direito a subsídio de desemprego fui-me candidatar a operadora de caixa. Na altura em que me ligaram, lembrei-me exactamente do medo que sentia na altura em que me candidatei, por isso não hesitei e lá fui eu. Comecei a trabalhar no dia a seguir, dia 5 de Outubro.
Entretanto, em Novembro fui chamada ao gabinete do chefe de loja porque queria saber se eu estava disponível para assumir umas funções diferentes. Não é pergunta a que se responda com um não, portanto lá fui eu para o ficheiro. "Então foste promovida?" perguntam vocês. Eu explico e vocês dizem de vossa justiça: trabalho mais horas, tenho mais responsabilidades, tenho os patrões e os chefes sempre à perna e como deixei de fazer os domingos e as noites ainda ganho menos. Mas até tenho conhecido umas pessoas muito interessantes, umas que sinto que estão do meu lado para me ajudarem a manter no caminho certo e outras que tenho descoberto que estão do meu lado para me tentarem empurrar para a berma. Segundo consta, ando-me a aguentar melhor do que muitas pessoas esperavam e, para mim, isso é uma vitória.
Desta experiência estão a ficar algumas aprendizagens que tenho feito, essencialmente sobre as pessoas em si, sobre como devemos pensar pela nossa própria cabeça e sobre como devemos manter sempre a nossa perspectiva pronta a mudar face ao que vamos aprendendo em relação a nós próprios e a tudo o que nos rodeia.
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