Em primeiro lugar devo dizer que os hassidim não procuram convencer ou converter os povos. Assim, não escrevo para ser lido; escrevo para conservar a verdade dos factos e a perenidade da memória. É por ela que escrevo e para a posteridade: foi com os meus pais e os pais dos meus pais que aprendi que era preciso registar e conservar escondidas num cantinho do mundo as coisas e os pensamentos, não com vista à actualidade e aos leitores de agora, pois nós temos uma vocação monástica e vivemos à parte, mas para os leitores futuros, as gerações por vir que saberão descobrir e compreender: descobrir nos segredos e compreender a nossa língua. Não escrevo para mim, pois a escrita não é fuga ou confissão herética e pagã. Para mim e para os meus, a escrita é sagrada, é um rito a que me entrego quase contra vontade, com o sentido do dever. E a minha forma de orar, de procurar o perdão; de sacrificar.
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Sou viciada em leitura, mas ao mesmo tempo sou uma agarrada fina, não leio qualquer coisa. Tem que ser dentro daqueles géneros específicos que eu gosto. Agora ando a ler os livros que a Visão anda a oferecer,mais precisamente o "Qumrâm - O Enigma dos Manuscritos do Mar Morto" e hoje li uma passagem que tenho que partilhar convosco:
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1 comentário:
Não li esse livro, mas concerteza que é extraordinário. Também gosto muito dessa temática - por exemplo: dan brown, não pelo enredo, mas pelos pormenores históricos evidenciados (ficticios ou não, deveras interessantes) - que me fez adorar a história da humanidade. Desde as primeiras civilizações, passando por Cristo e pelo renascimento, o que somos, os hábitos, tradições e crenças com que hoje nos deparamos têm uma logica temporal que me fascina.
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