"Era uma vez um pequeno País que queria ser grande".Talvez seja esta a melhor maneira de começar esta crónica sobre a vida futebolística de um pequeno País que dá pelo nome de Portugal. É verdade que a nossa megalomania nos leva a cometer os maiores disparates que se possam imaginar, na ânsia de nos querermos equiparar a outros Países que independentemente do seu tamanho, têm por base do seu êxito, estruturas sólidas, bem definidas e devidamente cimentadas. Quisemos ser iguais e então inventou-se um nome pomposo para o Campeonato da 1ª Divisão, ao qual foi dado o nome de "Superliga". Vejam agora, se conseguem descobrir nalgum dos melhores campeonatos nacionais (Espanha, Itália, França, Inglaterra, Alemanha e Holanda), uma designação tão surrealista. Senão vejamos, em que é que se pode designar que é "super"? Talvez no excesso de violência posto em campo pela maior parte das equipas (veja-se o número de cartões amarelos e vermelhos em cada jornada, e não estão todos os que deveriam ser mostrados...), ou talvez seja "super" pelo excesso de erros dos árbitros, o que leva a um desvirtuamento da classificação final das equipas. Tavez seja "super" pelo excesso de protagonismo de determinados dirigentes, ávidos de popularidade, que mais não fazem do que incendiar os ânimos nas entrevistas e declarações que fazem antes de cada jogo. Meus caros leitores e amigos, somos um País de virtuosos no bom e no mau sentido da palavra. No bom sentido, porque temos dos melhores executantes desta arte que é o bom futebol, no mau sentido porque temos uma cambada de dirigentes fanáticos, lunáticos e sem o mínimo de preparação para os cargos que ocupam, quer no plano social quer no plano desportivo ou ainda no financeiro. É por isso que acho desmesurado e desprovido de qualquer sentido que se chame "Superliga" a um campeonato de segunda classe no contexto europeu, um campeonato que se resume a uma disputa de três clubes.
Este texto foi retirado do fórum da Federação Portuguesa de Futebol e é da autoria de José Santos, a quem eu desde já agradeço por ter permitido que ele aqui fosse publicado.
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