A tão prometida continuação chegou:
O sistema de saúde em Portugal é mau, mas isso toda a gente sabe. Felizmente tenho sido uma sortuda nesse aspecto e o facto de, durante toda a minha vida, ter sido beneficiária dos serviços sociais a que o meu pai tem direito é uma benesse à qual, infelizmente, apenas uma minoria tem direito.
Agora que estou a entrar no mercado de trabalho esse benefício vai acabar e confesso que passar a recorrer ao Serviço Nacional de Saúde me assusta um pouco.
Porém este post não foi motivado por esta preocupação narcisista, mas sim por uma das mais recentes ideias de "justiça social" do nosso Primeiro Ministro.
Recentemente Santana Lopes anunciou que há a possibilidade de as pessoas começarem a pagar diferenciadamente pelos cuidados de saúde. Até aqui tudo bem, aplaudo e concordo que quem tem muito deva pagar uma percentagem dos serviço superior à que é paga por quem tem muito pouco ou nada.
A questão é que os escalões podem vir a ser calculados pelas declarações do IRS e, na minha opinião, isto é ridículo. Ainda se vivessemos num país onde a fuga aos impostos fosse residual...mas todos sabemos que não é assim.
Ou seja, quem já está habituado a enganar o Estado vai ser beneficiado e aqueles que, como os meus pais, ainda pagam o que devem vão ser prejudicados e acabar a pagar por si e pelos outros.
Justiça social ou incentivo à fuga fiscal?
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