Este ano vou passar o fim de ano a Coimbra com bons amigos de quem tenho muitas saudades. Vai ser espectacular, como é sempre que eu estou com aquelas pessoas.
Para me despidir do ano velho e dar as boas-vindas ao ano novo deixo aqui uma imagem que (ainda que alusiva à época natalícia) é uma imagem de rambóia. Como rambóia é aquilo que se vai passar na passagem de ano (ainda que sem sexo, sadomasoquismo ou chicotes...não excluo as renas propositadamente), pareceu-me indicada. Espero que gostem!
quinta-feira, dezembro 30, 2004
A família
As famílias são, segundo consta, todas iguais...ou pelo menos muito parecidas. Há quem diga que a minha irmã é igualzinha a mim, mas em ponto pequeno. Por vezes até me assusto quando ela diz uma coisa em que eu estava a pensar naquele preciso instante.
Claro que, tal como eu, a miúda (apesar da tenra idade) em uma perita em parvoíces e baboseiras. No outro dia estavamos a duas e o meu pai a ver uma reportagem na tv sobre as famílias de afecto. Vira-se a chavala para o pai (já com aquele ar de quem vai dizer uma coisa que vai deixar o homem 5 anos mais velho) e atira "oh pai, nós bem que podíamos ser uma família de afecto. Até podíamos adoptar um menino, para aí com 14 anos (por coincidência é a idade dela), um que fosse assim giro e divertido. O que é que achas?"
Ainda não satisfeita com a cara de espanto do pai e com as minhas gargalhadas, voltou à carga "Já agora...o melhor é adoptarmos dois: o de 14 e um de 23 para a mana..."
Perdi logo a vontade de rir. É que vindo de outra pessoa este comentário até teria piada, mas a minha irmã gosta muito de dizer "oh mana, tens 23 anos e ainda não tens namorado. O que é que pensas fazer? Tens que arranjar alguém para te casares e saíres de casa, olha que já estás a ficar velhota"
Claro que, tal como eu, a miúda (apesar da tenra idade) em uma perita em parvoíces e baboseiras. No outro dia estavamos a duas e o meu pai a ver uma reportagem na tv sobre as famílias de afecto. Vira-se a chavala para o pai (já com aquele ar de quem vai dizer uma coisa que vai deixar o homem 5 anos mais velho) e atira "oh pai, nós bem que podíamos ser uma família de afecto. Até podíamos adoptar um menino, para aí com 14 anos (por coincidência é a idade dela), um que fosse assim giro e divertido. O que é que achas?"
Ainda não satisfeita com a cara de espanto do pai e com as minhas gargalhadas, voltou à carga "Já agora...o melhor é adoptarmos dois: o de 14 e um de 23 para a mana..."
Perdi logo a vontade de rir. É que vindo de outra pessoa este comentário até teria piada, mas a minha irmã gosta muito de dizer "oh mana, tens 23 anos e ainda não tens namorado. O que é que pensas fazer? Tens que arranjar alguém para te casares e saíres de casa, olha que já estás a ficar velhota"
terça-feira, dezembro 28, 2004
A tradição ainda é o que era
Venho da uma boa notícia a todos aqueles que andavam acabrunhadinhos e desapontados com as televisões portuguesas por, durante a época natalícia, não terem passado nenhum filme com o Macaulay Culkin.
Parece que vai passar um filme (para aí com 10 anos) com o miúdo na passagem de ano ou no dia 1 de Janeiro. Não é nenhum dos sozinhos em casa, mas é aquele com o tio que é quase tão bom como os outros.
Numa época tão conturbada como a actual é bom ver que há coisas que não mudam e que a tradição ainda é o que era. Por isso, deixo aqui o meu muito obrigada às televisões nacionais por nos mostrarem que nunca irão melhorar!
Parece que vai passar um filme (para aí com 10 anos) com o miúdo na passagem de ano ou no dia 1 de Janeiro. Não é nenhum dos sozinhos em casa, mas é aquele com o tio que é quase tão bom como os outros.
Numa época tão conturbada como a actual é bom ver que há coisas que não mudam e que a tradição ainda é o que era. Por isso, deixo aqui o meu muito obrigada às televisões nacionais por nos mostrarem que nunca irão melhorar!
sexta-feira, dezembro 24, 2004
Os votos do Espaço virtual de baboseiras
terça-feira, dezembro 21, 2004
A minha mana
Conheci a minha mana no primeiro ano da ESE. Não eramos do mesmo curso, mas tínhamos algumas disciplinas juntas durante o primeiro ano. A certa altura descobrimos que tínhamos nascido exactamente no mesmo dia, apenas com umas horas de diferença. A partir de então passámos a ser manas, manas gémeas.
Já acabámos o curso. Ela é professora (gabo-lhe a coragem) e eu finjo que trabalho onde vocês já sabem. Infelizmente não nos vemos com a mesma frequência, mas continuamos a ser manas do coração.
Agora ela está numa escola perto da minha casa e no sábado passado foi visitar-me (acho que não nos víamos há mais de um ano). Quando a vi abracei-a e ela respondeu-me "os teus abraços continuam exactamente iguais".
Mais tarde pensei naquela frase e reparei que me fez sentir muito bem, não só a visita dela, mas o facto de saber que há coisas que nunca mudam, por mais voltas que a vida dê. Os meus abraços continuam iguais e nós continuamos a ser manas.
É bom saber que ainda há pontos estáveis, dá-me uma forte sensação de segurança e solidez. O que é uma ajuda preciosa para quem tem uma cabecinha como a minha que anda sempre à deriva e desorientada.
Já acabámos o curso. Ela é professora (gabo-lhe a coragem) e eu finjo que trabalho onde vocês já sabem. Infelizmente não nos vemos com a mesma frequência, mas continuamos a ser manas do coração.
Agora ela está numa escola perto da minha casa e no sábado passado foi visitar-me (acho que não nos víamos há mais de um ano). Quando a vi abracei-a e ela respondeu-me "os teus abraços continuam exactamente iguais".
Mais tarde pensei naquela frase e reparei que me fez sentir muito bem, não só a visita dela, mas o facto de saber que há coisas que nunca mudam, por mais voltas que a vida dê. Os meus abraços continuam iguais e nós continuamos a ser manas.
É bom saber que ainda há pontos estáveis, dá-me uma forte sensação de segurança e solidez. O que é uma ajuda preciosa para quem tem uma cabecinha como a minha que anda sempre à deriva e desorientada.
sábado, dezembro 18, 2004
Mais perto do mundo civilizado
Costumo dizer que moro num sítio onde nem Judas se atreveu a ir perder as botas. Fica longe de tudo, apesar de não estar muito distante de Lisboa (uns míseros 30 km) parece que estamos no interior esquecido e ostracizado.
Até há pouco tempo só podíamos ter internet por telefone o que, sabe quem já experimentou, é desesperante e angustiante.
No entanto, desde a semana passada que há ADSL!!! É a loucura! Portanto agora estou ligada à maquina, especialmente porque é uma ligação a 1Mb sem quaisquer limites de downloads ou uploads. Um mundo de oportunidades, músicas e filmes pirateados abre-se diante dos meus dedos...
A parvoíce hoje está muito forte porque ontem foi o jantar de Natal do sítio onde eu finjo que trabalho. Foi uma noite em grande e penso que há uma frase para a qualificar "upa upa!puxadote!" (somos fãs dos gatos). Cheguei a casa bem cedo, quando o sacana do galo do vizinho já estava a cantar e estavam a dar desenhos animados na tv.
Por outro lado, no fim da noite aconteceu algo de muito desagradável. Quando a noite acabou e eu estava a regressar a casa estava completamente de rastos, afinal tinha-me levantado às 7 da manhã e tinha sido um dia de loucos. Quando entrei no comboio já estava mais para lá do que para cá e aquilo pareceu-me uma excelente oportunidade para passar pelas brasas. Só que três miúdos resolveram sentar-se mesmo ao pé de mim para gozarem cada vez que eu adormecia e dizerem coisas simpáticas como "esta gente já nem aguenta a noite toda"...os filhos de uma grande...nem sequer consegui dormir com o barulho dos risinhos e gargalhadas sufocadas.
Agora são 17h, já vesti o pijamita, vou comer qualquer coisita e vou enroscar-me nos lençóis e tentar ficar lá até amanhã...
Até há pouco tempo só podíamos ter internet por telefone o que, sabe quem já experimentou, é desesperante e angustiante.
No entanto, desde a semana passada que há ADSL!!! É a loucura! Portanto agora estou ligada à maquina, especialmente porque é uma ligação a 1Mb sem quaisquer limites de downloads ou uploads. Um mundo de oportunidades, músicas e filmes pirateados abre-se diante dos meus dedos...
A parvoíce hoje está muito forte porque ontem foi o jantar de Natal do sítio onde eu finjo que trabalho. Foi uma noite em grande e penso que há uma frase para a qualificar "upa upa!puxadote!" (somos fãs dos gatos). Cheguei a casa bem cedo, quando o sacana do galo do vizinho já estava a cantar e estavam a dar desenhos animados na tv.
Por outro lado, no fim da noite aconteceu algo de muito desagradável. Quando a noite acabou e eu estava a regressar a casa estava completamente de rastos, afinal tinha-me levantado às 7 da manhã e tinha sido um dia de loucos. Quando entrei no comboio já estava mais para lá do que para cá e aquilo pareceu-me uma excelente oportunidade para passar pelas brasas. Só que três miúdos resolveram sentar-se mesmo ao pé de mim para gozarem cada vez que eu adormecia e dizerem coisas simpáticas como "esta gente já nem aguenta a noite toda"...os filhos de uma grande...nem sequer consegui dormir com o barulho dos risinhos e gargalhadas sufocadas.
Agora são 17h, já vesti o pijamita, vou comer qualquer coisita e vou enroscar-me nos lençóis e tentar ficar lá até amanhã...
quarta-feira, dezembro 15, 2004
Final da Taça UEFA
terça-feira, dezembro 14, 2004
Fora de serviço
Hoje apetece-me fugir, desaparecer. Não estou chateada, nem triste, nem nada desse género. Apenas sinto que não é aqui que devia estar.
Apetece-me virar o letreiro da minha porta para "volte mais tarde" e fechar-me.
Sinto que metade de mim hoje ficou em casa, sinto-me ausente e fora do sítio, como um bibelot que está desarrumado.
Estou afastada de mim própria e distante de tudo o que me rodeia.
Hoje nada me irá satisfazer e tudo vai ficar aquém daquilo que realmente queria, apesar de nem eu mesma saber o que isso é.
Mas sair daqui e ir andar para a beira rio era capaz de me fazer bem. O ar frio a bater na cara podia ajudar a pôr as ideias (e a mim própria) no sítio, mas cada um tem aquilo que merece e, por isso, vou para o armazém o que até é parecido com a um passeio à beira rio...
Apetece-me virar o letreiro da minha porta para "volte mais tarde" e fechar-me.
Sinto que metade de mim hoje ficou em casa, sinto-me ausente e fora do sítio, como um bibelot que está desarrumado.
Estou afastada de mim própria e distante de tudo o que me rodeia.
Hoje nada me irá satisfazer e tudo vai ficar aquém daquilo que realmente queria, apesar de nem eu mesma saber o que isso é.
Mas sair daqui e ir andar para a beira rio era capaz de me fazer bem. O ar frio a bater na cara podia ajudar a pôr as ideias (e a mim própria) no sítio, mas cada um tem aquilo que merece e, por isso, vou para o armazém o que até é parecido com a um passeio à beira rio...
segunda-feira, dezembro 13, 2004
Ai que está a tremer...
Passava pouco das 14h da tarde quando a terra tremeu, depois de termos afastado a possibilidade inicial de excesso de álcool lá nos apercebemos que tinha sido um pequeno sismo.
Chegámos também à conclusão que era devido aos movimentos terrestres que o alarme não parava de tocar e eu já estava a ficar com dores de cabeça. Sim, porque nós aqui ouvimos o alarme a tocar e continuamos sentadinhos no nosso lugar.
Agora que penso nisso, um sismo é muito preocupante até porque eu estou no quarto andar e não me apetece nada levar com o pessoal que está nos andares superiores (até ao 8º) em cima...
Ainda tentei convencer o pessoal a fazermos uma evacuação e irmos para a Alexandre Herculano ver os carros passarem, mas ninguém foi na minha conversa.
Esta foi a primeira vez que eu senti um sismo. Vocês também deram conta?
Chegámos também à conclusão que era devido aos movimentos terrestres que o alarme não parava de tocar e eu já estava a ficar com dores de cabeça. Sim, porque nós aqui ouvimos o alarme a tocar e continuamos sentadinhos no nosso lugar.
Agora que penso nisso, um sismo é muito preocupante até porque eu estou no quarto andar e não me apetece nada levar com o pessoal que está nos andares superiores (até ao 8º) em cima...
Ainda tentei convencer o pessoal a fazermos uma evacuação e irmos para a Alexandre Herculano ver os carros passarem, mas ninguém foi na minha conversa.
Esta foi a primeira vez que eu senti um sismo. Vocês também deram conta?
quinta-feira, dezembro 09, 2004
Os rapazes não crescem
Lembro-me que quando andava na escola preparatória reparei que os rapazes eram uns seres muito infantis, mas dei-lhes o desconto de ainda serem muito novos.
Quando cheguei à secundária percebi que eles não haviam mudado, mas já notava algumas nuances. Ou seja, quando isolados comportavam-se em condições, quando em bando eram os mesmos infantis de sempre. Ainda assim continuei a pensar que, talvez, com a idade mudassem.
Agora apercebo-me, talvez tardiamente, que eles pura e simplesmente não crescem, continuam sempre infantis.
Às vezes chateia-me ver as diferenças de atitude de um gajo entre uma situação que está só ele como representante do sexo masculino e situações em que tem outros espécimes junto de si.
Claro que temos excepções, que como em tudo confirmam a regra, mas a maioria dos gajos são pessoas sociáveis com quem conseguimos ter uma conversa decente quando estão sozinhos, depois quando se juntam dois tornam-se uns parvinhos que só conseguem fazer palhaçadas.
Será que isto é uma espécie de um bug que só é accionado quando na presença de outro elemento com cromossomas XY? Ou é apenas o resultado de séculos e séculos de experiência de parvoíce acumulada?
Quando cheguei à secundária percebi que eles não haviam mudado, mas já notava algumas nuances. Ou seja, quando isolados comportavam-se em condições, quando em bando eram os mesmos infantis de sempre. Ainda assim continuei a pensar que, talvez, com a idade mudassem.
Agora apercebo-me, talvez tardiamente, que eles pura e simplesmente não crescem, continuam sempre infantis.
Às vezes chateia-me ver as diferenças de atitude de um gajo entre uma situação que está só ele como representante do sexo masculino e situações em que tem outros espécimes junto de si.
Claro que temos excepções, que como em tudo confirmam a regra, mas a maioria dos gajos são pessoas sociáveis com quem conseguimos ter uma conversa decente quando estão sozinhos, depois quando se juntam dois tornam-se uns parvinhos que só conseguem fazer palhaçadas.
Será que isto é uma espécie de um bug que só é accionado quando na presença de outro elemento com cromossomas XY? Ou é apenas o resultado de séculos e séculos de experiência de parvoíce acumulada?
terça-feira, dezembro 07, 2004
Baboseira da semana
A besta do Castelo Branco disse ontem:
"Oh Mónica, eu passei coisas na minha vida que tu nem imaginas, mas quando leres as minhas memórias tu vais perceber. Eu sou como uma tartaruga ninja que está sempre a mudar mas não deixa de ser ela própria". Acerca desta afirmação tenho várias coisas a dizer:
"Oh Mónica, eu passei coisas na minha vida que tu nem imaginas, mas quando leres as minhas memórias tu vais perceber. Eu sou como uma tartaruga ninja que está sempre a mudar mas não deixa de ser ela própria". Acerca desta afirmação tenho várias coisas a dizer:
- As coisas más que passaste na tua vida devem ter acontecido na altura que andavas a aviar magalas em Moçambique;
- A literatura nacional já teve melhores dias, não lances as tuas memórias porque de certeza que o papel nem vai ser bom para levarmos para a casa-de-banho;
- As tartarugas ninja, como toda a gente sabe, não são mutáveis. A mutação que sofreram foi à nascença, mas depois ficaram daquela forma.
- Quando uma pessoa faz uma referência é para tentar parecer erudito, logo falhaste ao referires as tartarugas ninja. Por outro lado, ao fazer referências devemos cingir-nos a um universo que esteja dentro dos nossos conhecimentos, o que no teu caso se aplica ao livrinho com ditos religiosos que andas sempre a ler; e
- És uma besta de todo o tamanho.
Acho que é tudo, já descarreguei alguma da rabujice que tenho hoje. Acho que vou começar a trabalhar.
Subscrever:
Mensagens (Atom)