sábado, dezembro 18, 2004

Mais perto do mundo civilizado

Costumo dizer que moro num sítio onde nem Judas se atreveu a ir perder as botas. Fica longe de tudo, apesar de não estar muito distante de Lisboa (uns míseros 30 km) parece que estamos no interior esquecido e ostracizado.
Até há pouco tempo só podíamos ter internet por telefone o que, sabe quem já experimentou, é desesperante e angustiante.
No entanto, desde a semana passada que há ADSL!!! É a loucura! Portanto agora estou ligada à maquina, especialmente porque é uma ligação a 1Mb sem quaisquer limites de downloads ou uploads. Um mundo de oportunidades, músicas e filmes pirateados abre-se diante dos meus dedos...
A parvoíce hoje está muito forte porque ontem foi o jantar de Natal do sítio onde eu finjo que trabalho. Foi uma noite em grande e penso que há uma frase para a qualificar "upa upa!puxadote!" (somos fãs dos gatos). Cheguei a casa bem cedo, quando o sacana do galo do vizinho já estava a cantar e estavam a dar desenhos animados na tv.
Por outro lado, no fim da noite aconteceu algo de muito desagradável. Quando a noite acabou e eu estava a regressar a casa estava completamente de rastos, afinal tinha-me levantado às 7 da manhã e tinha sido um dia de loucos. Quando entrei no comboio já estava mais para lá do que para cá e aquilo pareceu-me uma excelente oportunidade para passar pelas brasas. Só que três miúdos resolveram sentar-se mesmo ao pé de mim para gozarem cada vez que eu adormecia e dizerem coisas simpáticas como "esta gente já nem aguenta a noite toda"...os filhos de uma grande...nem sequer consegui dormir com o barulho dos risinhos e gargalhadas sufocadas.
Agora são 17h, já vesti o pijamita, vou comer qualquer coisita e vou enroscar-me nos lençóis e tentar ficar lá até amanhã...

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