quinta-feira, dezembro 30, 2004

Tem mais encanto na hora da despedida

Este ano vou passar o fim de ano a Coimbra com bons amigos de quem tenho muitas saudades. Vai ser espectacular, como é sempre que eu estou com aquelas pessoas.
Para me despidir do ano velho e dar as boas-vindas ao ano novo deixo aqui uma imagem que (ainda que alusiva à época natalícia) é uma imagem de rambóia. Como rambóia é aquilo que se vai passar na passagem de ano (ainda que sem sexo, sadomasoquismo ou chicotes...não excluo as renas propositadamente), pareceu-me indicada. Espero que gostem!


Posted by Hello

A família

As famílias são, segundo consta, todas iguais...ou pelo menos muito parecidas. Há quem diga que a minha irmã é igualzinha a mim, mas em ponto pequeno. Por vezes até me assusto quando ela diz uma coisa em que eu estava a pensar naquele preciso instante.
Claro que, tal como eu, a miúda (apesar da tenra idade) em uma perita em parvoíces e baboseiras. No outro dia estavamos a duas e o meu pai a ver uma reportagem na tv sobre as famílias de afecto. Vira-se a chavala para o pai (já com aquele ar de quem vai dizer uma coisa que vai deixar o homem 5 anos mais velho) e atira "oh pai, nós bem que podíamos ser uma família de afecto. Até podíamos adoptar um menino, para aí com 14 anos (por coincidência é a idade dela), um que fosse assim giro e divertido. O que é que achas?"
Ainda não satisfeita com a cara de espanto do pai e com as minhas gargalhadas, voltou à carga "Já agora...o melhor é adoptarmos dois: o de 14 e um de 23 para a mana..."
Perdi logo a vontade de rir. É que vindo de outra pessoa este comentário até teria piada, mas a minha irmã gosta muito de dizer "oh mana, tens 23 anos e ainda não tens namorado. O que é que pensas fazer? Tens que arranjar alguém para te casares e saíres de casa, olha que já estás a ficar velhota"

terça-feira, dezembro 28, 2004

A tradição ainda é o que era

Venho da uma boa notícia a todos aqueles que andavam acabrunhadinhos e desapontados com as televisões portuguesas por, durante a época natalícia, não terem passado nenhum filme com o Macaulay Culkin.
Parece que vai passar um filme (para aí com 10 anos) com o miúdo na passagem de ano ou no dia 1 de Janeiro. Não é nenhum dos sozinhos em casa, mas é aquele com o tio que é quase tão bom como os outros.
Numa época tão conturbada como a actual é bom ver que há coisas que não mudam e que a tradição ainda é o que era. Por isso, deixo aqui o meu muito obrigada às televisões nacionais por nos mostrarem que nunca irão melhorar!

sexta-feira, dezembro 24, 2004

Os votos do Espaço virtual de baboseiras


"O Voto" foi gentilmente cedido pelo Daniel que produziu esta imagem para enviarmos pelo e-mail interno, mas depois decidimos que isto era demasiado "à frente" para aquele meio. Posted by Hello

terça-feira, dezembro 21, 2004

A minha mana

Conheci a minha mana no primeiro ano da ESE. Não eramos do mesmo curso, mas tínhamos algumas disciplinas juntas durante o primeiro ano. A certa altura descobrimos que tínhamos nascido exactamente no mesmo dia, apenas com umas horas de diferença. A partir de então passámos a ser manas, manas gémeas.
Já acabámos o curso. Ela é professora (gabo-lhe a coragem) e eu finjo que trabalho onde vocês já sabem. Infelizmente não nos vemos com a mesma frequência, mas continuamos a ser manas do coração.
Agora ela está numa escola perto da minha casa e no sábado passado foi visitar-me (acho que não nos víamos há mais de um ano). Quando a vi abracei-a e ela respondeu-me "os teus abraços continuam exactamente iguais".
Mais tarde pensei naquela frase e reparei que me fez sentir muito bem, não só a visita dela, mas o facto de saber que há coisas que nunca mudam, por mais voltas que a vida dê. Os meus abraços continuam iguais e nós continuamos a ser manas.
É bom saber que ainda há pontos estáveis, dá-me uma forte sensação de segurança e solidez. O que é uma ajuda preciosa para quem tem uma cabecinha como a minha que anda sempre à deriva e desorientada.

sábado, dezembro 18, 2004

Mais perto do mundo civilizado

Costumo dizer que moro num sítio onde nem Judas se atreveu a ir perder as botas. Fica longe de tudo, apesar de não estar muito distante de Lisboa (uns míseros 30 km) parece que estamos no interior esquecido e ostracizado.
Até há pouco tempo só podíamos ter internet por telefone o que, sabe quem já experimentou, é desesperante e angustiante.
No entanto, desde a semana passada que há ADSL!!! É a loucura! Portanto agora estou ligada à maquina, especialmente porque é uma ligação a 1Mb sem quaisquer limites de downloads ou uploads. Um mundo de oportunidades, músicas e filmes pirateados abre-se diante dos meus dedos...
A parvoíce hoje está muito forte porque ontem foi o jantar de Natal do sítio onde eu finjo que trabalho. Foi uma noite em grande e penso que há uma frase para a qualificar "upa upa!puxadote!" (somos fãs dos gatos). Cheguei a casa bem cedo, quando o sacana do galo do vizinho já estava a cantar e estavam a dar desenhos animados na tv.
Por outro lado, no fim da noite aconteceu algo de muito desagradável. Quando a noite acabou e eu estava a regressar a casa estava completamente de rastos, afinal tinha-me levantado às 7 da manhã e tinha sido um dia de loucos. Quando entrei no comboio já estava mais para lá do que para cá e aquilo pareceu-me uma excelente oportunidade para passar pelas brasas. Só que três miúdos resolveram sentar-se mesmo ao pé de mim para gozarem cada vez que eu adormecia e dizerem coisas simpáticas como "esta gente já nem aguenta a noite toda"...os filhos de uma grande...nem sequer consegui dormir com o barulho dos risinhos e gargalhadas sufocadas.
Agora são 17h, já vesti o pijamita, vou comer qualquer coisita e vou enroscar-me nos lençóis e tentar ficar lá até amanhã...

quarta-feira, dezembro 15, 2004

Final da Taça UEFA

Já estão à venda os bilhetes para a Final da Taça UEFA que se irá disputar no Estádio Alvalade XXI no dia 18 de Maio de 2005.
Os bilhetes podem ser adquiridos através do site da FPF ou pelo link directo.

terça-feira, dezembro 14, 2004

Fora de serviço

Hoje apetece-me fugir, desaparecer. Não estou chateada, nem triste, nem nada desse género. Apenas sinto que não é aqui que devia estar.
Apetece-me virar o letreiro da minha porta para "volte mais tarde" e fechar-me.
Sinto que metade de mim hoje ficou em casa, sinto-me ausente e fora do sítio, como um bibelot que está desarrumado.
Estou afastada de mim própria e distante de tudo o que me rodeia.
Hoje nada me irá satisfazer e tudo vai ficar aquém daquilo que realmente queria, apesar de nem eu mesma saber o que isso é.
Mas sair daqui e ir andar para a beira rio era capaz de me fazer bem. O ar frio a bater na cara podia ajudar a pôr as ideias (e a mim própria) no sítio, mas cada um tem aquilo que merece e, por isso, vou para o armazém o que até é parecido com a um passeio à beira rio...

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Ai que está a tremer...

Passava pouco das 14h da tarde quando a terra tremeu, depois de termos afastado a possibilidade inicial de excesso de álcool lá nos apercebemos que tinha sido um pequeno sismo.
Chegámos também à conclusão que era devido aos movimentos terrestres que o alarme não parava de tocar e eu já estava a ficar com dores de cabeça. Sim, porque nós aqui ouvimos o alarme a tocar e continuamos sentadinhos no nosso lugar.
Agora que penso nisso, um sismo é muito preocupante até porque eu estou no quarto andar e não me apetece nada levar com o pessoal que está nos andares superiores (até ao 8º) em cima...
Ainda tentei convencer o pessoal a fazermos uma evacuação e irmos para a Alexandre Herculano ver os carros passarem, mas ninguém foi na minha conversa.
Esta foi a primeira vez que eu senti um sismo. Vocês também deram conta?

quinta-feira, dezembro 09, 2004

Os rapazes não crescem

Lembro-me que quando andava na escola preparatória reparei que os rapazes eram uns seres muito infantis, mas dei-lhes o desconto de ainda serem muito novos.
Quando cheguei à secundária percebi que eles não haviam mudado, mas já notava algumas nuances. Ou seja, quando isolados comportavam-se em condições, quando em bando eram os mesmos infantis de sempre. Ainda assim continuei a pensar que, talvez, com a idade mudassem.
Agora apercebo-me, talvez tardiamente, que eles pura e simplesmente não crescem, continuam sempre infantis.
Às vezes chateia-me ver as diferenças de atitude de um gajo entre uma situação que está só ele como representante do sexo masculino e situações em que tem outros espécimes junto de si.
Claro que temos excepções, que como em tudo confirmam a regra, mas a maioria dos gajos são pessoas sociáveis com quem conseguimos ter uma conversa decente quando estão sozinhos, depois quando se juntam dois tornam-se uns parvinhos que só conseguem fazer palhaçadas.
Será que isto é uma espécie de um bug que só é accionado quando na presença de outro elemento com cromossomas XY? Ou é apenas o resultado de séculos e séculos de experiência de parvoíce acumulada?

terça-feira, dezembro 07, 2004

Baboseira da semana

A besta do Castelo Branco disse ontem:
"Oh Mónica, eu passei coisas na minha vida que tu nem imaginas, mas quando leres as minhas memórias tu vais perceber. Eu sou como uma tartaruga ninja que está sempre a mudar mas não deixa de ser ela própria". Acerca desta afirmação tenho várias coisas a dizer:
  1. As coisas más que passaste na tua vida devem ter acontecido na altura que andavas a aviar magalas em Moçambique;
  2. A literatura nacional já teve melhores dias, não lances as tuas memórias porque de certeza que o papel nem vai ser bom para levarmos para a casa-de-banho;
  3. As tartarugas ninja, como toda a gente sabe, não são mutáveis. A mutação que sofreram foi à nascença, mas depois ficaram daquela forma.
  4. Quando uma pessoa faz uma referência é para tentar parecer erudito, logo falhaste ao referires as tartarugas ninja. Por outro lado, ao fazer referências devemos cingir-nos a um universo que esteja dentro dos nossos conhecimentos, o que no teu caso se aplica ao livrinho com ditos religiosos que andas sempre a ler; e
  5. És uma besta de todo o tamanho.

Acho que é tudo, já descarreguei alguma da rabujice que tenho hoje. Acho que vou começar a trabalhar.

segunda-feira, novembro 29, 2004

We are the world...

Hoje ouvi uma notícia na qual era dito que o primeiro ministro Santana Lopes ía juntar (durante um almoço, salvo erro) alguns dos pesos-pesados do seu Governo para, assim, discutirem a actual situação.
Assim que ouvi isto veio-me à ideia que esta reunião era uma espécie de Live Aid Governamental, em que cada um chegava lá, cantava uma musiquita e animava o pessoal durante mais algum tempo.

Dúvida

Há uma dúvida que me assaltou no fim-de-semana: o que é que o Santana Lopes queria dizer com aquela história do bébe na incubadora e da família que lhe dá pancada?
Uma pessoa já anda confusa com as medidas que eles tomam e com as políticas praticadas e ele ainda nos atira com esta tentativa de analogia para nos deixar mais desnorteados...ou será que era mesmo essa a intenção?

sexta-feira, novembro 26, 2004

O sol brilhará para todos nós

O Partido Comunista continua, como sempre, fechado sobre si próprio e agarrado a ideias que já morreram há 50 anos. Esta atitude tem consequências físicas nos membros do partido, pois, todos sabemos, que começam a hiperventilar cada vez que se afastam mais de 50 km do recinto da Festa do Avante, excepto quando é para ir ao Alentejo assinalar a morte de Catarina Eufémia, cuja história foi totalmente manipulada afim de servir os interesses do Partido.
Calculamos que este congresso irá decorrer, como todos os outros, sob o signo da democracia, do respeito pela pluralidade de opiniões e da renovação e abertura as novas ideias e conceitos. Ah ah ah...estou cheia de piadas logo pela manhã.
Só para finalizar deixo-vos aqui uma passagem da música mais conhecida deste partido e que, calculo eu, deve ser ainda mais velha do que o próprio Cunhal...se é que isso é possível:
"Avante camarada, avante,
Junta a tua à nossa voz!
Avante camarada, avante camarada,
O sol brilhará para todos nós!"
Espero que tenham cantado com o punho esquerdo no ar!

quinta-feira, novembro 25, 2004

Barómetro DN/TSF/Marktest

Desta feita o Barómetro debruça-se sobre a opinião dos portugueses relativamente ao desfecho do Caso Casa Pia que se inicia hoje.
De acordo com esta sondagem 64,3 por cento acha que o desfecho não será justo, contra 22,5 por cento que têm opinião contrária, ao passo que 13,2 por cento disse não ter opinião.
Porém acho que é de valor analizarmos o perfil destes três grupos e segundo a minha análise temos:
  • Um grupo que não acredita na justiça e que acredita que as pessoas "poderosas" cometem crimes à vontade e conseguem sair impunes. Eu incluo-me neste grupo;
  • Um grupo de ingénuos que anda com os olhos tapados e ainda não percebeu em que tipo de país vive, é por isso que acreditam que vai ser feita justiça; e
  • Um grupo que se está "a cagar" para o que se passa no país, pois desde que recebam o cheque ao fim do mês e que o seu clube ganhe aos fins-de-semana está tudo bem.

E, meus amigos, é este o país que temos, composto por criminosos, cépticos, ingénuos e atrasados mentais.

quarta-feira, novembro 24, 2004

Estado de espírito

Já tive momentos na minha vida em que me senti feliz, momentos em que fui muito feliz, parecia que tudo corria bem e que os acontecimentos se encaixavam numa perfeição que tinham o condão de me deixar radiante. Não se podia pedir muito mais.
Ao contrário desses períodos, agora sinto infeliz todos os dias. As coisas que me alegram são muito, muito poucas e, regra geral, não me sinto entusiasmada com nada e sinto-me farta de tudo.
Bem sei que a vida tem altos e baixos, mas há baixos demasiado longos. Continuo a pensar que isto vai melhorar, da forma como as coisas estão acho que só pode melhorar. Talvez seja apenas a criança ingénua que existe dentro de mim que continua a alimentar essa esperança.
Porém, tenho uma necessidade muito forte de acreditar que, algures no futuro, a felicidade espera por mim, pois a ideia de pensar que já esgotei os meus momentos de felicidade e que daqui para a frente vai ser sempre assim é algo que me assusta profundamente e faz-me pensar se, caso assim seja, vale a pena continuar ou se não será melhor desistir.

terça-feira, novembro 23, 2004

Era uma vez um país...

"Era uma vez um pequeno País que queria ser grande".Talvez seja esta a melhor maneira de começar esta crónica sobre a vida futebolística de um pequeno País que dá pelo nome de Portugal. É verdade que a nossa megalomania nos leva a cometer os maiores disparates que se possam imaginar, na ânsia de nos querermos equiparar a outros Países que independentemente do seu tamanho, têm por base do seu êxito, estruturas sólidas, bem definidas e devidamente cimentadas. Quisemos ser iguais e então inventou-se um nome pomposo para o Campeonato da 1ª Divisão, ao qual foi dado o nome de "Superliga". Vejam agora, se conseguem descobrir nalgum dos melhores campeonatos nacionais (Espanha, Itália, França, Inglaterra, Alemanha e Holanda), uma designação tão surrealista. Senão vejamos, em que é que se pode designar que é "super"? Talvez no excesso de violência posto em campo pela maior parte das equipas (veja-se o número de cartões amarelos e vermelhos em cada jornada, e não estão todos os que deveriam ser mostrados...), ou talvez seja "super" pelo excesso de erros dos árbitros, o que leva a um desvirtuamento da classificação final das equipas. Tavez seja "super" pelo excesso de protagonismo de determinados dirigentes, ávidos de popularidade, que mais não fazem do que incendiar os ânimos nas entrevistas e declarações que fazem antes de cada jogo. Meus caros leitores e amigos, somos um País de virtuosos no bom e no mau sentido da palavra. No bom sentido, porque temos dos melhores executantes desta arte que é o bom futebol, no mau sentido porque temos uma cambada de dirigentes fanáticos, lunáticos e sem o mínimo de preparação para os cargos que ocupam, quer no plano social quer no plano desportivo ou ainda no financeiro. É por isso que acho desmesurado e desprovido de qualquer sentido que se chame "Superliga" a um campeonato de segunda classe no contexto europeu, um campeonato que se resume a uma disputa de três clubes.

Este texto foi retirado do fórum da Federação Portuguesa de Futebol e é da autoria de José Santos, a quem eu desde já agradeço por ter permitido que ele aqui fosse publicado.
No site www.drogas.pt está a decorrer um inquérito sobre as alterações relativamente ao consumo e combate às drogas durante os últimos 4 anos.

segunda-feira, novembro 22, 2004

Campeonato do Mundo de Futsal

A Selecção Nacional de Futsal AA encontra-se em Taiwan a disputar o Campeonato do Mundo de 2004.
Hoje, os pupilos de Orlando Duarte, disputaram o primeiro jogo da competição em que venceram a Selecção Iraniana por 4-0.
Por enquanto estamos no primeiro lugar do grupo, em igualdade de pontos com a Argentina que venceu Cuba.
Na quarta feira, quando em Portugal for meio-dia, a Nossa Selecção vai novamente entrar em campo para, desta vez, defrontar a equipa da Argentina.
Para mais informações, reportagens, entrevistas e fotos sobre a participação da Selecção Nacional de Futsal no Campeonato do Mundo de 2004 em Taiwan basta seguir a hiperligação.

sexta-feira, novembro 19, 2004

Resultado do passatempo

Finalmente o tão aguardado resultado do passatempo da baboseiras.
Desde já, quero agradecer a todos os que participaram, pois as respostas foram muito criativas, porém a vossa capacidade para inventar um ligação entre o Capitão Iglo e o Leonardo Di Caprio não foi suficiente para arrebatarem os bilhetes.
Isto quer dizer que quem vai ver o jogo sou eu! Estou a analizar propostas de acompanhantes (Susanita, o facto de teres sido a primeira a oferecer-te vai contar a teu favor), mas daqui até ao próximo jogo da Selecção ainda falta algum tempo. Portanto, se me quiserem subornar ainda vão a tempo.
Resta só dizer qual seria a resposta acertada à pergunta "Qual a ligação entre o Capitão Iglo e o Leonardo Di Caprio?": Os douradinhos do Capitão Iglo são congelados em alto mar e o Leonardo Di Caprio também foi (no Titanic).

quarta-feira, novembro 17, 2004

Última chamada!

Relembro que hoje é o último dia para poderem participar no passatempo das baboseiras, através do qual se podem habilitar a ganhar dois bilhetes para jogos da Selecção Nacional AA ou sub-21.
Amanhã será anunciado o/a feliz contemplado/a.

terça-feira, novembro 16, 2004

Um caso perdido

Na semana passada o meu pai foi multado por excesso de velocidade. Como recordação trouxe para casa um papelinho no valor de quase 30 contos.
Após isto seria de esperar que ele moderasse a velocidade com que circula, certo?
Errado! Agora tem um detector de radares...

segunda-feira, novembro 15, 2004

Relembro que continua aberto o passatempo das baboseiras.
Aceitam-se respostas até ao fim do dia 17 de Novembro (próxima quarta feira). O palpite acertado vale dois bilhetes para um jogo da selecção Nacional AA ou sub-21 (à escolha do freguês).
Na quinta-feira de manhã, logo pela fresquinha anuncio o feliz contemplado...caso haja... ;-)

Há dias assim...tra la la

Há dias em que tudo corre mal e há noites em que tudo corre bem.
Pelos vistos ontem foi uma dessas noites para o meu Sporting.
Depois de um resultado volumoso, em que até o João Pinto perdeu a conta, parece que no final o comentário generalizado foi "até o Pinilla marcou"!
Soube bem ver um resultado destes, especialmente depois da última derrota.
Resta-nos esperar que as vitórias se mantenham e que o Pinilla tenha aprendido o caminho para a baliza.

quinta-feira, novembro 11, 2004

Anões

Hoje surgiu-me uma questão. É verdade, vinha no carro e de repente "pumbas". Quando dei por mim estava a ideia na minha cabeça e o meu pai a ser multado por excesso de velocidade.
Já alguem foi (ou ouviu falar de quem tivesse ido) ao enterro de uma pessoa anã?
Ahh pois é bebé! Ninguém foi nem nunca ouviu falar!
Conclusão: Os anões não são enterrados!

quarta-feira, novembro 10, 2004

Passatempo

Na tentativa de tentar tornar este blog num espaço que valha a pena visitar, venho aqui lançar um grandioso passatempo.
Já estão curiosos? Não?! Caramba, vocês devem estar em estado vegetativo! Leiam as regras e pode ser que o prémio vos alicie a participar. Sim, claro que tem prémio. Passatempo que é passatempo tem que ter um prémio! Prontos, deixemo-nos de conversas de treta e passemos ao mais importante, as regras:
1. Eu faço uma pergunta;
2. Vocês pensam muito;
3. Nos comentários deixam a vossa resposta;
4. Daqui a uma semana eu anuncio o vencedor;
5. Eu entro em contacto com o vencedor para atribuir o prémio.

"E qual é o prémio?" perguntam vocês. O prémio são dois bilhetes para um dos jogos da Selecção Nacional AA ou Sub-21. Aqui só tenho uma condição:
1. O jogo escolhido tem que ser disputado em Portugal (não venham cá pedir bilhetes para o Luxemburgo-Portugal). Quando eu contactar o vencedor informo para que jogos este passatempo é válido.

Até aqui está tudo certo? Portanto só falta mesmo a pergunta e aqui vai ela:

Qual é a ligação entre o Capitão Iglo e o Leonardo Di Caprio?

Divirtam-se!

segunda-feira, novembro 08, 2004

Conversa de gajos

Dois gajos que trabalham no mesmo departamento que aqui a Anita tiveram a seguinte conversa:
Sr. gajo I: Manda-me uma mensagem para eu não me esquecer.
Sr. gajo D: Ok. Qual é o teu número?
Sr. gajo I: 9x xxx xx xx
Sr. gajo D: Olha, posso dar o número às minhas amigas?
Sr. gajo I: Claro, mas só às boas!
Sr. gajo D: E pensas que eu tenho outras? As minhas amigas são todas boas!

Depois dizem que nós as gajas é que somos convencidas e taradas!

sexta-feira, novembro 05, 2004

Estou em celebração

Os leitores mais atentos sabem que recentemente a minha tarefa tem sido vender publicidade. Os outros que não sabiam ficam agora a saber. entre as que sabiam e as que ficaram agora a saber são um total de três pessoas, se não estou em erro.
Eu detesto vender publicidade, porque consegue ser uma tarefa super frustrante e que não depende só do meu desempenho, mas sim da disponibilidade das empresas.
Porém, finalmente consegui vender publicidade! Por isso estou em celebração. Está certo que não cheguei ao montante necessário para cobrir o valor da revista, mas andou lá próximo o que já é óptimo, tendo em conta que estamos no final do ano e as empresas estão todas nas lonas.
Enfim, não podia correr tudo mal, não é? A Ivete ficou tristíssima porque eu não pude ir, mas consegui vender a publicidade quase toda. Só é pena não receber uma comissão...

quinta-feira, novembro 04, 2004

Quinta das baboseiras

Depois do "cheiro trauseabundo" da grande Paula Coelho, ontem a Cinha Jardim teve uma grande tirada. Enquanto se referia ao Alexandre Frota, a concorrente disse quelquer coisa como:

"Eu gosto de confrontos. Só espero que ele venha pela frente, por gosto de enfrentar as pessoas frente-a-frente. O pior é se ele vem por trás e me apanha desprevenida. Espero que ele não venha por trás porque assim não gosto".


Até sou capaz de admitir que ela não se tenha apercebido do que estava a dizer, talvez o intelecto não dê para tanto. Porém, tendo em atenção a recente e conhecida actividade do Alexandre Frota, penso que ela devia ter mais cuidado quando diz coisas deste género. A não ser que...enfim...

quarta-feira, novembro 03, 2004

Que grande ....

Só pode ser castigo!
Ainda não sei que mal terei feito e a quem, mas só pode ser castigo!
Então não é que não pude ir ver o concerto da Ivete? Ainda por cima ela nem me conheceu, o que a deve ter deixado tristíssima!
Porque é que nada corre bem?
Porra! Afinal de contas, eu não tenho sorte nenhuma!
De qualquer forma vou ver se tento o Euro Milhões esta semana para ver se o universo se redime!
Universo, tás a ouvir? É a tua oportunidade meu grande sacana! Estupor dum raio! Filho de uma grande .....
Pronto, foi só um desabafo de alguém que está pouco contente com a vida no geral e certos aspectos em particular....ainda por cima já estou com afirmações à treinador de futebol! Só me falta começar a dizer, citando o grande Jorge Jesus: "Isso é uma questão do forno interno do clube!"

domingo, outubro 31, 2004

"Oi Ivete tudo bem?"

Durante a semana passada fui visitar o site da TSF. Estava lá um passatempo sobre a Ivete Sangalo onde nos perguntavam qual tinha sido o último álbum da cantora editado em Portugal. Respondi sem sequer ver qual era o prémio, foi só para me entreter um pouco e desanuviar da entediosa tarefa de vender publicidade num país de tesos.
Só me voltei a lembrar disso quando me ligou uma pessoa do Depto. de Marketing da TSF a dizer que eu tinha sido a vencedora do passatempo. Meio envergonhada pelo meu nível de ignorância, perguntei qual era o prémio e a resposta fez-me sentir uma sortuda: "Você vai poder ir assistir ao concerto da Ivete Sangalo no Coliseu do Porto e depois vai conhecê-la".
Numa semana péssima, foi bom ter um presente destes, especialmente para quem se considera uma pessoa com pouca sorte. Pelos vistos a minha estrelinha achou que eu já merecia qualquer coisa que me animasse e naquele dia brilhou mais um pouco.
Resumindo, terça-feira lá vou eu apanhar o Alfa até ao Porto para ir assitir ao concerto da Ivete e depois vou dizer-lhe olá. Sinceramente ainda não sei a que horas vou voltar, só sei que às 9.30 de quarta tenho que estar no work para continuar a vender publicidade.

P.S. Cita, Flor e Gui: Roam-se de inveja! Podia não saber as músicas dela de cor, mas sou eu que a vai conhecer! Ah Ah! Eu depois deixo ponho aqui uma foto dela para vocês verem como eu sou uma bitch com sorte!

quinta-feira, outubro 28, 2004

O absurdo da actualidade

Estes últimos dias têm sido profícuos em alarvidades, baboseiras e situações perfeitamente absurdas, de entre as quais destaco as seguintes:
  • O Prof. Marcelo saiu da TVI em condições algo estranhas. Agora o Pais do Amaral diz que não ouve pressão nenhuma e o ex-comentador diz exactamente o contrário, chegando mesmo a afirmar que o Presidente da Média Capital terá convidado o professor a repensar a orientação das suas intervenções, num prazo de duas semanas. O iluminado Luís Felipe Menezes veio dizer que um dos dois está a mentir...ninguém diria!

  • Enquanto por todo o mundo assistimos a esforços de várias democracias por reconhecerem o direito dos homosseuxais ao casamento (sendo já possível na Espanha casamentos entre pessoas do mesmo sexo), nos Estados Unidos está em vias de ser aprovada uma emenda que proíbe estes casamentos e até as uniões de facto. O país conhecido como "a terra das oportunidades" volta a dar um arzinho da sua graça. Claro, isto já para não falar nas ridículas formas de voto das eleições presidenciais.

  • Num site norueguês está a ser feito um peditório que irá ser usado para um prémio que será entregue a quem matar George Bush - ando a ver se consigo descobrir qual é site, para o caso de haver alguém interessado...

quarta-feira, outubro 27, 2004

Sem comentários

Hoje venho aqui partilhar convosco duas alarvidades que me deixaram sem palavras:

  1. Num dos spots da TSF é promovido um programa que a rádio vai transmitir onde é abordada a opinião de alguns portugueses residentes nos Estados Unidos acerca dos candidatos presidenciais. Uma das pessoas que ouvimos nesse spot é uma senhora que diz a seguinte pérola: "Eu acho que o Bush está a fazer um bom trabalho em fazer a guerra lá. Sempre é melhor ter as bombas a caírem nos filhos dos outros do que nos nossos filhos!"
  2. Por outro lado, temos o comissário designado Rocco Buttiglione, a quem foi atribuido o pelouro da Justiça e Assuntos Internos e que disse que "a homossexualidade é um pecado e que a função essencial das mulheres é terem crianças".

terça-feira, outubro 26, 2004

Professores e saúde II

A tão prometida continuação chegou:
O sistema de saúde em Portugal é mau, mas isso toda a gente sabe. Felizmente tenho sido uma sortuda nesse aspecto e o facto de, durante toda a minha vida, ter sido beneficiária dos serviços sociais a que o meu pai tem direito é uma benesse à qual, infelizmente, apenas uma minoria tem direito.
Agora que estou a entrar no mercado de trabalho esse benefício vai acabar e confesso que passar a recorrer ao Serviço Nacional de Saúde me assusta um pouco.
Porém este post não foi motivado por esta preocupação narcisista, mas sim por uma das mais recentes ideias de "justiça social" do nosso Primeiro Ministro.
Recentemente Santana Lopes anunciou que há a possibilidade de as pessoas começarem a pagar diferenciadamente pelos cuidados de saúde. Até aqui tudo bem, aplaudo e concordo que quem tem muito deva pagar uma percentagem dos serviço superior à que é paga por quem tem muito pouco ou nada.
A questão é que os escalões podem vir a ser calculados pelas declarações do IRS e, na minha opinião, isto é ridículo. Ainda se vivessemos num país onde a fuga aos impostos fosse residual...mas todos sabemos que não é assim.
Ou seja, quem já está habituado a enganar o Estado vai ser beneficiado e aqueles que, como os meus pais, ainda pagam o que devem vão ser prejudicados e acabar a pagar por si e pelos outros.
Justiça social ou incentivo à fuga fiscal?

Sonhos

Lembram-se quando há uns tempos atrás contei que me acontece, frequentemente, acordar logo após a um sonho e passar o dia todo a lembrar-me disso?
Pois esta noite foi isso que se passou. Acordei a meio da noite sentada na cama porque tinha alguém a chamar-me. Não me lembro da cara da pessoa, mas quando despertei foi com a nítida sensação de que estava mesmo alguém aos pés da minha cama a chamar-me.
Talvez este sonho tenha a ver com o facto de ter acabado de ler um livro em que, por vezes, os sonhos se misturavam com a realidade. O personagem principal tinha sonhos em que se cruzava com pessoas do mundo dos mortos e dos vivos e durante o dia, muito depois de ter acordado, continuava a ver algumas pessoas do mundo dos mortos. As personagens apareciam para lhe dar recados, para o ajudar a sair da escuridão ou a pedir que ele os ajudasse a sair da escuridão.
Claro que tendo uma imaginação fértil, comecei logo a pensar se seria algum recado e quem seria que me chamava. Depois a céptica vem ao de cima e pensa "foi só um sonho, esquece". De qualquer forma ele continua presente...

sexta-feira, outubro 22, 2004

(suspiro)

Hoje no Metro vi o pai dos meus filhos, mas ele não me reconheceu!
Eu sei que é um pouco (completamente é a expressão adequada) parvo e foi assim que me senti, mas juro-vos que me apaixonei! Não tem qualquer explicação, mas até o meu coração começou a bater mais depressa e a respiração alterou-se.
Nem lhe ouvi a voz, mas isso permite-me imaginar e acreditar que tinha uma voz perfeita - daquelas que embalam...
Estive quase, quase para aproveitar um dos solavancos e simular uma queda para cima do menino só para lhe poder tocar.
Acreditem, sinto-me completamente parvinha. Até o meu vocabulário está a falhar porque não consigo arranjar palavras para explicar a situação.
Amor à primeira vista? Não deve ter sido porque eu fui várias estações de olhos pregados nele...
Aposto que isto tem uma qualquer explicação racional, apesar de eu não saber qual é. Talvez tenha a ver com o facto de eu andar muito sensível. Mas passou-me tudo quando vi que ele tinha aliança. De qualquer forma, sonhar não paga imposto e foi isso que eu vim a fazer hoje de manhã.

quinta-feira, outubro 21, 2004

Espantemo-nos!

Uma dúvida tem-me assaltado a mente nos últimos dias: Será que o Morais Sarmento anda a dar na branca?
Porquê?
Atentem bem nas seguintes frases do nosso Ministro da Presidência retiradas do site da TSF:
  • "deve haver uma definição por parte do poder político acerca do modelo de
    programação do operador do serviço público"
  • "o ministro defendeu a necessidade de «haver limites à independência» dos operadores públicos sob pena de ser adoptado «um modelo perverso»"

Ao lápis só lhe falta mesmo ser azul...

domingo, outubro 17, 2004

Baboseira da semana

Eu sei que é a segunda baboseira da semana, mas experimentem ler e vão perceber porque é que eu não consegui resistir a partilhá-la convosco. Desta vez trago-vos duas baboseiras de uma dupla de cómicos brilhante: Luís Filipe Vieira e George Bush.
O primeiro disse durante o Jornal Nacional de sábado à noite: "Digo isto para todos que me estão a ver aí em casa e que com certeza são todos benfiquistas..." Pois é, Luís acorda filho! O mundo não é vermelho. Nem durante os tempos em que o comunismo era fashion ... mas até isso já passou!
O outro é já um mito vivo da stand-up comedy que teima em continuar a falar e, felizmente, a descer nas sondagens.
"Depois das declarações na sequência dos debates deixei bem claro não vamos ter um Exército constituído por voluntários...ainda esta semana...(pausa- o Presidente percebe que as pessoas às volta se estão a rir)Nós vamos ter um Exército só com voluntários. Vou reformular a frase: não vamos ter recrutamento. Ao contrário daquilo que o meu adversário tem dito às pessoas e as tem assustado, vamos ter um Exército constituído apenas por voluntários".
Bush, filho, dizes uma asneirada dessas, só percebes que disseste alguma coisa errada quando as pessoas à tua volta se começam a rir e achas que o Kerry é que assusta o pessoal?

quarta-feira, outubro 13, 2004

Baboseira da semana

Eis que chega mais uma das já famosas baboseiras da semana! Rejubilemos!
Ao que parece, se continuar a chover tão pouco como tem chovido até agora vamos ter graves problemas durante o Verão. Por esse motivo, já foi anunciado que há a possibilidade de, no algarve, a água ser racionada.
Claro que as pessoas ligadas às indústrias hoteleira e da restauração já vieram dizer que essa medida é uma asneira e que vai trazer muitos prejuízos - cada um puxa a braza à sua sardinha...
Houve mesmo alguém (já não me recordo do nome do iluminado) que disse que "a água no Algarve não pode ser racionalizada".
No meu modesto entender parece-me que o tal Sr. não devia ter dito isso. Afinal se a água for "racionalizada" quer dizer que raciocina. Ou seja teríamos um novo conceito de "água inteligente" que saberia exactamente onde era necessária e deixava de haver desperdícios.
Resta saber se o Sr. não precisava, também ele, de ser racionalizado....

sábado, outubro 09, 2004

Anita e Susanita em Guimarães

Posted by Hello

A foto é cortesia da Susanita

Uns dias depois voltámos ao Alfa que nos vai levar de volta a Lisboa.
Para trás ficaram uns dias de férias e mais uma re-edição do já famoso "Passeio".
O que é que podemos dizer de Guimarães? Podemos dizer que é uma cidade fascinante, cheia de vida, história, movimento e beleza, mas ainda assim estaria muito longe de vos descrever correctamente aquela bela cidade e a boa impressão com que de lá voltei.
Para além disso aproveitei para rever uma amiga vimaranense com quem não estava há 3 anos e de quem já tinha saudades, especialmente da sua forma de estar na vida. Conheci a Teresa na minha primeira colónia (há 7 anos) e se aqueles 15 dias em Montargil me marcaram, também ela o fez. Agora prometeu que havia de vir a Lisboa para pagar a visita que ficou a dever . "Talvez nas férias..."
Após sairmos de Guimarães ainda estivemos umas horas no Porto o que deu para almoçarmos, fazer uma visita de médico à Ribeira e tirar mais fotos. Nestes dias tirei quase 100 fotos, vou concerteza recordar o Passeio com alguma facilidade.
De Guimarães trazemos memórias e piadas privadas, brincadeiras e palhaçadas, conversas sérias e momentos de nostalgia.
Foram dias de passeio e de descanso em que aproveitamos para conhecer um novo local e recuperar forças.
Lisboa aproxima-se a grande velocidade, mas nós já pensámos nos próximos Passeios: Aveiro, Ovar, Viana do Castelo, ...

P.S. Este post foi escrito no Alfa Pendular em direcção a Lisboa, enquanto a Susanita dormia como quem não via cama há duas semanas!

sábado, outubro 02, 2004

Finalmente o passeio

Pois é, há uns dias disse-vos que ía para Aveiro mas já não vou. Não foi para vos despistar, mas sim por motivos de força maior, ou seja a Pousada da Juventude estava fechada. Depois tentámos escolher outro sítio e vários nomes apareceram na mesa: Areia Branca (era demasiado próximo de casa), Ovar (a pousada estava fechada) e Mira (era demasiado campo). Todas as decisões que eu e a Susanita temos que tomar em conjunto são assim...demoradas!
Depois, já quase em estado de desespero surgiu um destino que era óbvio e que não nos tinha ocorrido: Guimarães - o berço da nacionalidade. A reserva online falhou e eu comecei a imaginar que havia algum desígnio da Providência que nos estava a impedir de ir passear. Lembrei-me de ligar para a Pousada só para desabafar e expliquei à srª que não conseguia reservar pelo telefone e ela com um tom de quem está a dizer a coisa mais óbvia do mundo e com um bonito sotaque vimaranense (eu sou maluca por sotaques) disse-me: "Então mas quer marcar pelo telefone? É isso?"
E assim foi, marquei a pousada, a Susanita comprou os bilhetes e nós vamos passear a Guimarães, como bónus vamos ter duas horas para rever o Porto e relembrar o nosso último passeio. Agora falta o mais difícil: fazer a mala e escolher o que levar, o que para mim é sempre o mais complicado.

sexta-feira, outubro 01, 2004

Presidenciais norte-americanas

Começaram ontem os debates entre Bush e Kerry. Uma série de encontros/confrontos entre os dois candidatos a presidentes dos Estados unidos.
Estes debates estão, à partida, condicionados por 31 páginas de regras acordadas entre ambas as partes e que se destinam a prevenir certas trafulhices que poderiam fazer a balança pender para um dos lados, mas estas regras existem também para proteger os candidatos, por exemplo, os pulpitos têm que estar afastados 3 metros para que não se perceba que Kerry tem mais 12 centímetros que o outro paspalho...perdão...candidato. Por outro lado os responsáveis da campanha de Bush não se podem socorrer de quaisquer artifícios que o façam parecer mais alto.
Pormenores insignificantes? Nem por isso. Recordo-vos que Nixon "perdeu" umas eleições durante os debates pois a imagem do outro candidato era muito mais sólida e estava melhor construída.
Estes debates surgem uma semana depois de terem sido divulgados os resultados de uma votação através da internet, segunda a qual Kerry ganhava com claríssima vantagem, ao contrário das sondagens oficiais em que Bush está a ganhar.
Temos que atribuir à votação da net o valor que ela tem: muito pouco, basicamente é uma curiosidade. Porém parece-me que não seria de todo descabido se o mundo pudesse ajudar a eleger o presidente dos Estados Unidos. Afinal estamos a falar de um governante que, invariavelmente, faz questão de meter o betelho e influenciar em seu proveito a política mundial. Ou seja, se os seus actos mexem com a nossa vida porque é que não havemos de ter uma palavra a dizer quando chega a altura de votar?

quarta-feira, setembro 29, 2004

Ainda vamos na quarta-feira e já posso dizer que esta tem sido uma semana especialmente atarefada, razão pela qual tenho andado um pouco afastada das lides bloguistas.
Para a semana vou estar de férias (pois é pasmem-se, esta estagiária tem férias) e há uma série de coisas que tenho que tratar antes de ir, entre as quais comprar um cartão de memória para a máquina fotográfica, pressionar a Susanita para marcar tudo e comprar uns ténis, já para não falar nos assuntos do trabalho que não posso deixar pendentes.
Mas não pensem que vou para muito longe, agora estamos numa fase de "vá para fora cá dentro" e vamos passear uns dias para Aveiro. A Susanita lá me conseguiu convencer com o argumento "vais ver que Aveiro é linda, até é conhecida como a 'Veneza portuguesa'".
Bem, tudo isto para dizer que para a semana vou estar ausente e para não esperarem grandes novidades por estes lados, mas quando voltar prometo que venho dar notícias. Até lá, ainda conto passar por aqui para vos dizer qualquer coisa importante como "tralala lala lala vou de férias".

sexta-feira, setembro 24, 2004

Olhó passatempo...

Querem ganhar bilhetes para os jogos das Selecções AA (13 de Outubro em Alvalade) e Sub-21 (12 de Outubro no Bonfim) com a Rússia?
Pois é muito simples e seguindo a tradição de "blog de utilidade pública" o Espaço Virtual de Baboseiras vai dizer-vos o que têm de fazer.
Basta irem a www.fpf.pt, seguirem o link do Passatempo FPF e responderem correctamente às duas perguntas que são feitas.
Os cinco primeiros participantes a responderem acertadamente recebem convites duplos para o jogo que preferirem assitir, mas há prémios até ao 50º lugar!
Têm até dia 9 de Outubro para participar.

quarta-feira, setembro 22, 2004

Questão

Desta vez decidi deixar-vos uma questão e quero saber a vossa opinião relativamente à frase abaixo. Concordam com a afirmação? Para além disso ficam a saber qual o livro que eu ando a ler, por sugestão do Bilhas.

"A consciência e a cobardia são uma e a mesma coisa, Basil. A consiciência é apenas a marca comercial da firma" - Oscar Wilde, in O Retrato de Dorian Gray

terça-feira, setembro 21, 2004

Professores e saúde I

Devem estar a perguntar o que é que irá sair daqui e que ligação é que estes dois assuntos podem ter. Eu explico: são os dois temas de política nacional que estão muito em voga. Como tal, esta vossa amiga não podia perder a oportunidade de falar acerca deles. Segurem, aqui vai:
1. Imaginem um aluno, numa aula do 7º ano. O prof. chama-o ao quadro e pede-lhe para escrever o resultado de 5x5. Nessa altura o nosso jovem decide ir para humanidades e amaldiçoa o facto de ser um autêntico nabo na nobre arte de fazer contas.
Inexplicavelmente, decide apostar no instinto e escreve o primeiro número que lhe vem à cabeça: 22. A turma explode em gargalhadas e o prof. está de boca aberta.
apaga o número, tenta reflectir mas a vergonha tolda-lhe o pensamento e então, quase em pânico, avança outro número: 27. Já há colegas deitados no chão a rir e o prof. sufoca uma gargalhada.
Decide acabar apenas o 9º ano e enveredar por uma carreira nas obras, ou qualquer coisa à base de trabalho físico, afinal pensar não é para ele.
Em total desespero de causa, começa a escrever vários números no quadro, na esperança de acertar em algum: 32, 23, 59, 4, ...
Alguns colegas começam a sentir-se mal de tanto rir, o prof. já perdeu o respeito e ri a bandeiras despregadas enquanto liga para outros profs. para virem assistir ao espectáculo e começam a acumular-se pessoas junto à porta. Toda a escola já sabe!
Salvaguardando as devidas diferenças, é isto que se passa com as colocações dos profs. O processo está condenado desde o início e em vez de assumirem logo o erro, continuaram a martelar na mesma tecla e a avançarem sucessivas listas erradas que depois eram retiradas.
E o que é que o nosso aluno devia ter feito? Assumia que não sabia ou não conseguia, pedia ajuda e em vez de tentar fazer a conta mentalmente (o que, pelos vistos, estava muito além das suas capacidades) contava pelos dedos das mãos, dos pés ou fazia risquinhos no quadro, seja o que for que a sua inteligência permitisse e que lhe desse a possibilidade de chegar ao resultado.

segunda-feira, setembro 20, 2004

Ele está em todo o lado?

Na quinta-feira quando estava a regressar a casa de metro, sentei-me em frente a uma senhora que estava muito concentrada e a murmurar qualquer coisa. Passado um pouco apercebi-me que ela estava a rezar e calculo que fosse o terço porque ía a passar as contas que tinha na mão.
Bem sei que nos ensinam na catequese e na igreja que Deus está em todo o lado, mas nunca imaginei que Ele também andasse de metro, especialmente durante a hora de ponta num dia em que esteve calor...isso é que é espírito de sacrifício!

quarta-feira, setembro 15, 2004

Reinvent yourself

Para acabar com a novela que tenho vindo a alimentar nos últimos dias venho contar-vos como foi o concerto da Madonna: foi lindo!
Querem saber mais? Está bem eu conto, não é preciso fazerem choradinho.
A mulher canta, dança e faz um espectáculo como ninguém. Uma das coisas que mais me surpreende é o facto de algumas das músicas mais antigas delas nunca passarem de moda, estão sempre actuais e agora a cantora apresenta-se com uma vertente espiritual/religiosa muito mais forte. Temos desde músicas de dança até autênticas chamadas de atenção sobre aspectos da sociedade contemporânea.
O espectáculo em si estava muito bem montado, com bailarinos, coro gospel, gaitas de foles, cinco écrans móveis que acompanhavam as músicas,...Agora quero é comprar o DVD.
Por outro lado não posso deixar de falar das três coisas que não gostei:
1. Quando estavam os tocadores de gaitas de foles em palco a actuar (um momento lindo, diga-se de passagem) o público teve um forte ataque de estupidez e começaram a fazer aquele uh-uh que se fazia no Big Show Sic. Não consigo explicar o desgosto que senti quando vi aquela gente toda a ter uma reacção tão triste, basicamente foi como assumirem "termos a Madonna o termos o João Baião é a mesma coisa";
2. A Madonna não cantou o Like a Virgin. Compreendo que se queira afastar da imagem que essa música lhe deu mas não deixa de ser um dos marcos da sua carreira;
3. Numa das canções interpretadas, eram mostradas nos écrans bandeiras de vários países (à semelhança do que acontecia no teledisco), porém a bandeira de Portugal não apareceu. Esta situação é ainda mais estranha quando o nosso país foi escolhido para encerrar a tournée e para gravar o DVD.
No entanto não são estes pequenos reparos que vão manchar as excelentes recordações com que eu vou ficar daquele concerto e não me canso de dizer "aquela mulher é o máximo, a maior!"

P.S. Reinvent yourself foi a expressão que apareceu nos écrans quando o concerto acabou. A cantora despediu-se e deixou-nos esta mensagem, mas penso que também deve ser um dos motes da Madonna que continua (apesar de já ter mais de 20 anos de carreira) a re-inventar-se e a surpreender-nos.

terça-feira, setembro 14, 2004

Fórum

Foi ontem oficialmente inaugurado (com direito a contagem decrescente e a festança no Departamento) o Fórum oficial da Federação Portuguesa de Futebol.
Pretende-se que este seja um espaço livre de opiniões para todos aqueles que têm alguma coisa a dizer sobre futebol.
Podem visitá-lo através da morada http://www.fpf.pt/interactivo/forum/index.php, através do link que vos deixei mais acima ou pelo link que está na página principal do site da F.P.F.
Eu e o resto do DMCI já estamos registados, agora só faltam vocês. Estou a contar com as vossas baboseiras para animar o espaço!
A divulgação prometida já está cumprida. Para acabar o post só me falta dizer que é já hoje que eu e a minha irmã vamos para o Pavilhão Atlântico. Parecemos autênticas maluquinhas...Vocês acreditam que ontem quase não conseguia adormecer com a excitação de ir ver a Madonna? Pois, eu também não acreditava. Será que voltei à adolescência? Ou será que nunca saí de lá? Bem, who cares... Like a virgin...touched for the very first time...tralalala....tralalala

segunda-feira, setembro 13, 2004

A árvore milagrosa - parte II

Uma vez que me pareceu que a história da árvore milagrosa tinha feito um grande sucesso entre os leitores deste espaço virtual de baboseiras, achei por bem por-vos ao corrente das novidades.
Hoje de manhã, estava eu, a minha irmã e a minha avó reunidas na cozinha a tomar o pequeno almoço quando a minha avó nos comunicou os seus planos relativamente à ameixeira que dá tomates e que passam por deixar os tomates ficarem bem maduros e tirar fotos. Está a equacionar a possibilidade de enviar as fotos para os jornais.
Caso eu consiga tirar uma foto antes de os tomates caírem de maduros vou tentar publicá-la aqui. Penso que será uma boa primeira foto...
Mantenham-se atentos a mais desenvolvimentos desta saga. Talvez uma linha de merchandising não esteja assim tão fora de questão...
Juro que queria voltar do fim-de-semana e poder fazer um post sobre qualquer coisa inteligente (seria a primeira vez...) ou sobre uma qualquer baboseira (para manter a tradição), mas não consigo.
Só consigo pensar que amanhã é o concerto da Madonna, que o concerto começa às 21.30, as portas abrem às 20h e eu só vou sair da F.P.F. às 17.30. Será que vou conseguir arranjar um lugar em condições? Se calhar vou ter que sair mais cedo, acho que o Gil vai compreender...
Eu e a minha irmã parecemos duas miúdas em véspera de Natal, a diferença é que em vez de cantarmos o Jingle Bells, fazemos um medley do repertório da Madonna.
Até o meu nome do messenger que tradicionalmente é "Ana http://anajaneiro.blogspot.com" já foi alterado para "Like a virgin... touched by madonna... for the very first time!"
A minha mãe costuma dizer "quem não tem que fazer faz colheres". As minhas preocupações de hoje são apenas a confirmação disso. Se entretanto me lembrar de alguma coisa em condições eu vou tentar vir partilhá-la convosco.

sexta-feira, setembro 10, 2004

Torre Eiffel

Ando a ler O Código da Vinci, de Dan Brown. Sim, eu sei que ando eu e mais de metade das pessoas que lêem livros no nosso país. No entanto não posso deixar de vos aconselhar a lerem o livro. Penso que é uma excelente obra e não digo isto por estar na moda ler esse livro, mas porque o estou a adorar.
Há já muito tempo que um livro não tinha este efeito sobre mim, quase todos os dias venho no autocarro a ler e fico super mal-disposta e quando estou na Federação não posso ter o livro à minha vista porque senão tenho vontade de me esconder num sítio qualquer para o ir ler.
Para além de ser uma história muito rica, cheia de descrições da cidade de Paris e expeculações históricas acerca da história de Jesus e da Igreja Católica é, também, um enredo misterioso em que estamos sempre à espera para ver o que acontece a seguir.
Mas venho-vos aqui falar deste livro não para fazer uma recensão crítica, mas para vos transcrever uma passagem acerca de um dos monumentos mais conhecidos do mundo:
"...Os simbologistas faziam com frequência notar que a França - um país afamado pelo seu machismo, costumes dissolutos e líderes diminutos e inseguros como Napoleão e Pepino, o Breve - não podia ter escolhido como emblema nacional nada mais apropriado do que um falo com trezentos metros de altura".
Depois de ter parado de me rir sozinha, deixei cair a ideia de vos contar acerca da vez em que subi até ao último andar da Torre Eiffel...

quarta-feira, setembro 08, 2004

A língua portuguesa nas escolas

Calma visitantes, não desesperem, o texto não vai ser nenhum tratado.
Tive uma colega na escola que reivindicava constantemente que era uma parvoíce o curso não ter uma disciplina de português. Nunca me dei bem com tal pessoa e espero não ter que voltar a lidar com ela.
Nunca pensei que ela chegasse ao cúmulo de repetir a mesma história no trabalho final do curso. Segundo esta mente iluminada uma das maiores falhas do curso era o facto de não haver uma disciplina de português.
Por algumas vezes tentei alertá-la para o rídiculo da sua afirmação, mas a pessoa dizia que durante os 12 anos de escola que precedem o ensino superior os seus professores de português não a ensinaram a escrever correctamente e portanto era obrigação da instituição de ensino superior fazê-lo (note-se que o ensino superior não é obrigatório). Quando ela dizia isto eu virava costas e ía-me embora. Era demais para os meus ouvidos.
Basta estarmos ligeiramente atentos ao mundo que nos rodeia, especialmente ao que é escrito para ver que as pessoas tratam muito mal o português. Frequentemente vemos erros ortográficos nos meios de comunicação social, em livros, nos próprios manuais escolares e isto só para falar nas pessoas que tinham obrigação de saber escrever em condições.
Penso que é importante valorizar-se o ensino do português, começando logo no primeiro ciclo, pois é aí que se adquirem as bases para o futuro. Se uma criança tiver um mau professor na primária vai ter muito mais dificuldades no futuro.
Tive uma excelente professora na primária, só foi pena ter descoberto isso apenas alguns anos depois. Hoje sei que se sei escrever alguma coisa isso deve-se a ela.
Durante cinco anos convivi com futuros professores e digo-vos que às vezes ficava assustada quando pensava que são aquelas pessoas que vão ensinar as crianças.
Como é que uma pessoa que dá erros ortográficos, não sabe pontuar um texto, tem dificuldades na construção frásica, não sabe conjugar verbos, etc, se pode tornar num bom professor?
Parece que afinal isto acabou por se tornar num mini tratado. Gabo a paciência de quem leu até aqui. Foi só um desabafo porque a hipócrisia repugna-me, atirar as culpas para cima dos outros mete-me nojo e o sistema "quem vier atrás que feche a porta" é desprezível.

terça-feira, setembro 07, 2004

O tuga que há em nós

A maior parte de nós tem um tuga dentro de si (no bom sentido, claro...). É aquela parte da consciência que vai sempre à procura do mais barato e pensa que fez um grande negócio.
Durante esta época estival ouvimos sempre histórias de pessoas que deixaram "o tuga dentro de si" falar mais alto e apostaram em grandes negociatas que acabam por sair bastante caras.
Já tivemos aquele grupo que foi para um país qualquer tipo Turquia (esta memória não ajuda muito) através de uma agência que tinha preços excelentes e que acabaram num hotel que tinha bichinhos na cama, unhas espalhadas pelo chão e tudo o que de nojento e mau se possa imaginar. Foi um grande negócio para a agência que acabou por negar qualquer responsabilidade.
Agora temos o grupo de tugas que foi para Cancun através da Yes porque tinha tarifas excelentes. Resultado: o avião teve problemas quando saíram da Portela. Por pouco não conesguiam chegar ao destino, pois o avião voltou a ter problemas (dessa vez no trem de aterragem) e por segurança andaram a sobrevoar a pista para gastar a gasolina. Assim, caso corresse mal e explodisse o aparato não era tão grande...
Quando é que as pessoas aprendem que, frequentemente, para se conseguirem preços mais baixos temos que sacrificar a qualidade?
É como comprar DVD's piratas e depois queixarmo-nos que a imagem é má e o som não presta.
É assim o tuga que há em nós: sempre há procura de grandes negócios e sempre à procura de um motivo para reclamar.

sexta-feira, setembro 03, 2004

Regresso à infância

No fim-de-semana passado fui para Setúbal com os meus pais e irmã. No sábado não tinhamos muito tempo para estar na praia (a presença da família era requisitada num jantar) por isso optámos por uma solução de recurso e fomos para um sítio ali perto. Com os incêndios que houve na Serra da Arrábida a escolha de praia ficou muito reduzida e a única que não estava a abarrotar passou a ser conhecida no seio familiar como "praia da bosta", não pela existência de dejectos, mas porque é mesmo uma bosta.
No domingo fomos para a Comporta, um local mais a sul que já é banhado pelo Oceano. Ao contrário das praias de Setúbal esta tem ondas. a minha ida para Setúbal teve apenas uma exigência: irmos para uma praia com ondas.
Foi um dia excelente em que ficava na água na água até ter os dedos enrugados. Enquanto estava de molho brincava com a minha irmã, pulávamos, mergulhávamos, ...
O tempo passado na areia foi ocupado a comer, secar, dormir e gozar com os muitos espanhóis que bebiam que nem camelos - até whisky com gelo aqueles alarves tinham!
À noite ainda fui beber café com uma grande amiga, mas na segunda estava de rastos. Não sei se foi do sol que se juntou aos efeitos do ar condicionado do emprego ou de qualquer outra coisa, só sei que parecia que estava com uma ressaca brutal.
Mas o que importa é que não me arrependi, valeu a pena ter ficado estoirada porque naquele dia voltei à minha infância e fui genuinamente feliz, sem qualquer tipo de preocupações ou problemas. Fui simplesmente feliz como já não era há muito tempo. Feliz sem pensar no dia passado ou futuro.
Um verdadeiro dia de carpe diem...e que bem que soube...

quinta-feira, setembro 02, 2004

A minha primeira vez

Desenganem-se aqueles que vêm à procura de um qualquer relato sobre uma experiência do foro privado, até porque este blog não é desse tipo e eu sou uma menina muito reservada e púdica que nem sequer diz asneiras (pelo menos aqui no blog).
(Anita concentra-te e vai directa ao assunto!)
Ontem assinei o meu primeiro contrato! Rejubilemos!
Está certo que é apenas um contrato para um estágio profissional, mas não deixa de ser a minha primeira vez.
Porém fiquei um pouco decepcionada. Então uma situação daquelas e nem sequer uma foto para a posteridade? Para além de que se eu soubesse que ía ser ontem tinha levado a caneta que me ofereceram no final do curso - sempre dava mais alguma dignidade à situação...
Mas enfim, assinei que é o que interessa, agora só falta começar a receber o ordenado milionário (ah ah ah) mas já sei que o IEFP demora um pouco a começar a pagar. Se calhar o melhor é ir começando a pensar onde é que vou gastar tanto dinheiro...excusam de se oferecer para serem beneficiários!

quarta-feira, setembro 01, 2004

A árvore milagrosa

Eram 7.30 da manhã, estava eu acabadinha de sair do banho e a preparar o meu pequeno almoço quando a minha avó chega ao pé de mim e diz:
"A nossa ameixeira dá tomates!"
Eu, meio adormecida, respondi com toda a minha eloquência matinal:
"aã? O que é que dá o quê?"
"A nossa ameixeira dá tomates!" - respondeu a avó com um sorriso.
Primeiro olhei à volta e pensei "porra, mas isto não é o Entroncamento, pois não?". Depois acordei e comecei a reflectir sobre as implicações disto.
Tinha que chamar já a TVI e preparar tudo rapidamente. Já estava a imaginar romarias para ver a minha ameixeira. Teria que cobrar "uma pequena quantia à entrada para despesas de manutenção da árvore milagrosa". Toda a gente havia de a querer ver, afinal se visitam santinhas que choram lágrimas de sangue, porque não visitar a minha árvore?
Ía ser um autêntico santuário. Até já estava a ter ideias para uma linha de merchandising. Estava tudo encaminhado e o dinheiro ía entrar a rodos!
Durante esta fracção de tempo a minha avó olhava para mim. Deve ter sido na altura em que viu o meu olhar a brilhar (era o reflexo do dinheiro que ía entrar) que ela se lembrou de dizer:
"Houve um pé de tomate que subiu pela ameixeira e agora parece que a árvore dá tomates em vez de ameixas, não é giro?"
De repente, o dinheiro que era bem mais giro esfumou-se, afinal só tinha uma história digna do Jornal do Insólito ou do Diabo com um título "Romance entre ameixeira e pé de tomate dá frutos (ou vegetais, neste caso)".

terça-feira, agosto 31, 2004

Lição do dia

O autocarro é um mundo que não pára de me espantar. De manhã estão todos muito mais calmos, mas há sempre alguém que tem a conversa para pôr em dia. Na semana passada foi esta:
Senhor 1: Então está de luto?
Senhor 2 encolhe os ombros como se não houvesse nada a fazer.
Senhor 1: Os meus sentimentos.
Neste momento a observadora (eu) pensa "porra, que falta de sensibilidade, se pudesses ter sido mais abestalhado tinhas sido!"
Senhor 1 - Podiam ter sido uns 4 ou 5...
Observadora pensa "foi alguém que morreu num acidente de carro que podia ter tido consequências mais graves e afinal o gajo sempre conseguiu ser pior"
Senhor 1 - Estava mais furioso com aquele Benfica...
A observadora reflectiu sobre a importância do futebol no quotidiano das pessoas e pensa "aí tens a lição do dia: por mais alto que as pessoas falem tenta abstrair-te e vê se dormes que o teu mal é sono!"

segunda-feira, agosto 30, 2004

O Poema, de Fernando Pessoa

Dentro de mim dorme um poema
Capaz de exprimir minha alma toda.
Sinto-o vago como som ou vento
Embora já esculpido inteiro para sempre.

Sem estrofes, versos ou palavras.
Nem sonhar ainda é.
Mera emoção dele, esfumado apenas
Bruma feliz em volta do pensar.

Dia e noite em meu mistério
Sonho-o, leio-o, de novo o soletro,
E sempre a fímbria das palavras me aborda
Como adejando sua vaga integridade.

Sei que nunca será escrito.
Nem sei, não sei sequer que é.
Mas a sonhá-lo sinto-me feliz,
E alegria, mesmo falsa, é alegria.

No outro dia peguei num livro para começar a ler, de lá de dentro caíu uma folha. Nessa folha estava este poema lindo. Agradeço à minha irmã por se ter esquecido lá dela, pois isso permitiu que eu me cruzasse com O Poema. É engraçado quando lemos as palavras de outrém e encontramos nelas um espelho daquilo que pensamos.

quarta-feira, agosto 25, 2004

Estou revoltada!

Estava a conversar com um colega bloguista, o Bilhas, acerca de um post antigo quando reparei que os comentários que esse post tinha haviam desaparecido. Inocente, ainda pensei que fosse só naquele post. Fui ver os outros e a surpresa de lugar à raiva. Até os comentários do meu primeiro post desapareceram! Sacanas dum raio!
Fui ao site da Haloscan e parece que é normalíssimo, eu é que não tinha lido a parte onde eles dizem que os comentários com mais de 4 meses são arquivados e se eu os quiser recuperar tenho que passar a conta para premium, ou seja, pagar!
Isto não faz sentido nenhum, até porque, para mim, esta coisa dos blogs e dos comentários sempre se baseou num princípio muito importante: era tudo gratuito.
Já pensei em passar a ter só os comentários do Blogger, mas para além de não gostar muito do sistema aí desaparecia mesmo tudo.
Se tivesse aqui alguém da haloscan já lhe tinha feito a folha, é que não se apaga o primeiro comentário que uma pessoa teve assim sem mais nem menos! Filhos de uma grande ***, seus grandes ***, espero que vos **** e que vos custe muito!

terça-feira, agosto 24, 2004

Sonho recorrente

Há uma situação com a qual sonho com frequência. Sonho que estou a fugir, de polícias ou de bandidos, durante a fuga consigo dar saltos enormes e parece que consigo planar.
Nunca me deixo apanhar, mas nunca paro de fugir. Sinto-me mais forte e mais esperta do que aqueles que me perseguem, mas sinto uma ansiedade e um medo terríveis.
Seja que sonho for, quando acordo continuo a sentir o mesmo que sentia durante o sonho. Já acordei e chorei porque chorava no sonho, tive medo porque estava apavorada no sonho e sorri porque no sonho estava feliz. Seja qual for o caso a única recordação que tenho é a do sentimento que estava a experimentar durante o sonho, a situação que provocou esse sentimento desaparece como se fosse através do nevoeiro.
Hoje de manhã a ansiedade e o medo continuavam comigo. Tinha o coração apertado e manteve-se assim durante uma parte da manhã. Depois, da mesma forma que aparece, desaparece. Claro que o dia não vai ser o mesmo, ficam sempre alguns vestígios que só desaparecem na próxima noite.
A única recordação boa que fica destes sonhos é a liberdade que sinto quando estou a planar. Sinto-me mesmo bem, parece que tudo é meu, afinal se posso quebrar a lei da gravidade posso quebrar todas as outras...

segunda-feira, agosto 23, 2004

Baboseira de Ouro

É sempre bom vermos o telejornal, não pela informação pois esta cada vez surge em menor quantidade sendo substituída pelo entretenimento e espectáculo, mas porque se ouvem grandes piadas.
No sábado o atleta português Manuel Silva ficou em antepenúltimo lugar nos 3000m obstáculos. Após essa classificação veio dizer que a deslocação a Atenas tinha sido paga por si, que treinava com sapatilhas rotas e que não recebia quaisquer apoios da sua federação nem do comité olímpico.
No domingo, veio retirar o que tinha dito e ainda acrescentou que se não tinha apoios era porque não os tinha pedido. Polémicas aparte, a situação que me chamou a atenção foi quando o jornalista perguntou ao atleta:
"Isso é um discurso de mea culpa?"
E o atleta, brilhantemente respondeu:
"Não é meia culpa, é culpa total."
Após isto deixo aqui um conselho para o Manuel Silva: rapaz, vê lá se melhoras a corrida e começas a ganhar dinheiro com isso, porque se a tua sobrevivência depender da tua inteligência...

sexta-feira, agosto 20, 2004

Há dias assim...

Há dias em que devíamos acordar, pressentir que ía tudo correr mal, virarmo-nos para o outro lado e voltarmos a dormir até ser manhã outra vez.
Poupávamos chatices, umas quantidade enorme de aborrecimentos e sempre descansavamos.
Se há dias assim, a quarta-feira foi, sem dúvida alguma, um deles. É impressionante como cheguei ao fim do dia e não consegui encontrar rigorosamente nada de bom.
O dia começou logo mal, o que me deixou com uma grande neura. Como diz o povão "o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita". O trabalho correu mal, a neura agravou-se, andava com umas trombas de palmo e meio nas quais toda a gente reparava.
Como me conheço minimamente bem, sei que o melhor que posso fazer nessas situações é ficar sossegadinha à espera que passe, é como a chuva, não há nada a fazer. Mas na quarta não deu, tinha coisas a tratar e não pude recolher-me.
Fui para casa e as coisas não podiam correr pior. Devo ter saído no sorteio do progenitor que estava deveras mal disposto, resultado: gritaria, acusações, a irmã a chorar e eu a tentar alienar-me da questão. Estar a dormir há meia hora e ser acordada porque tinha deixado umas coisas (dois tachos) desarrumados na cozinha não é bonito.
Surpreendentemente consegui abstrair-me, não pensar muito na questão e principalmente (a minha grande vitória) não responder para não piorar a situação.
Há muitos provérbios para ilustrar o que me estava a passar pela cabeça, mas há um que lá em casa é muito usado: "há mais marés que marinheiros" e eu preferi não alinhar naquele histerismo.
Como sempre, a mim dá-me com força mas passa-me depressa. No dia a seguir tudo estava bem comigo e a minha atitude era radicalmente diferente. Depois da tempestade veio a bonança...

terça-feira, agosto 17, 2004

Jogos Olímpicos

Sou uma fã do mundo helénico, penso que temos muito a aprender com aquela civilização.
Durante muito tempo não conseguia compreender como é que após os impérios helénico e romano se tinha seguido uma era tão tenebrosa como a idade média. Não fazia sentido esta ordem. Mas afinal o que não faz sentido é o ser humano.
Vi um documentário sobre os Jogos Olímpicos da Grécia Antiga, os originais, onde era dito que quanto mais os Jogos modernos evoluem mais se aproximam da alta fasquia deixada pelos Jogos Antigos.
Naquela altura um atleta podia sobreviver apenas do desporto. Tinha um sistema de prémios e subsídios. Mas apenas os melhores eram atletas. Competir era um prestígio e uma honra. O segundo lugar não servia para ninguém e quem fazia falsas partidas podia ser severamente chicoteado. Os atletas prestavam juramentos a Zeus e eram acompanhados por treinadores pessoais. Como é óbvio, não defendo o chicoteamento, mas quando vemos atletas a recorrerem ao doping (afinal, uma forma de batota) dá vontade de pedir penas muito mais duras.
Qualquer homem livre podia ser atleta, claro que isto tinha implicações, mas estamos a falar do séc. V a.c.
Muitos séculos mais tarde vivia-se, na Inglaterra, a época vitoriana. Durante este período o jogos passaram a ser mais "selectivos". Quem participava não podia trabalhar, nem receber qualquer prémio ou recompensa pelos seus êxitos desportivos. Não era suposto que os cavalheiros participantes se esforçassem demasiado, não ficava bem.
Os trabalhadores eram excluídos porque podiam derrotar os senhores ricos.
Os Jogos transformaram-se numa festa particular de pessoas que se exibiam, onde os melhores tempos efectuados nem sequer atingiam os mínimos actuais.
Muitos anos passaram desde então: Jogos foram boicotados por motivos políticos, atletas foram assassinados em plena Aldeia Olímpica e Jogos foram interrompidos para que a guerra não parasse.
Penso que este último facto é exemplificativo do que vos quis mostrar durante este texto, afinal, durante a época helénica a guerra era interrompida durante os Jogos Olímpicos. Estes eram considerados uma celebração da paz e era necessário assegurar a segurançã de todos os que participassem ou assistissem.
Sei que se eu vivesse naquela altura nem sequer podia votar, mas será que tínhamos que desaprender assim tanto? Será a Humanidade incapaz de acumular experiência? Será o ser humano assim tão estúpido e ignorante?

segunda-feira, agosto 16, 2004

Anita vai de fim-de-semana para o Espinheiro

Este fim-de-semana a Anita foi passear com a família. Fomos para uma aldeia perto de Santarém. Apesar de viver no campo há 7 anos, soube-me bem a mudança ainda que tivesse sido por tão pouco tempo, até porque o campo onde eu moro é um tédio de primeira.
No entanto devia ter percebido que aquilo não podia correr muito bem, afinal estamos a falar da minha família...Os primeiros problemas surgiram antes de sairmos de casa, os gritos "Ana estamos todos à tua espera!" quase não me deixavam raciocinar.
Entretanto as coisas foram correndo dentro do previsto: comiamos, bebiamos, dormiamos. Enfiam, vida de menino Jesus: nas palhinhas deitado ou nas palhinhas estendido.
A cereja no topo do bolo surgiu quando, no domingo à tarde o meu pai decidiu dar o exemplo e ajudar a tirar a mesa. Subia as escadas com duas garrafas vazias de vinho nas mãos. Caíu, cortou a mão, teve que ir para o hospital e ser suturado. Ainda por cima, eu estava a ver o filme "As horas" e fui atraida pelo alarido como uma borboleta pela luz. Resultado não consegui ver o filme e o meu pai ficou com 5 pontos que o impossibilitam de fazer muitas coisas.
Mas estes dias fizeram-me pensar em muitas coisas, em mim, na forma como ando a ocupar o meu tempo, na proximidade do meu aniversário...acho que é melhor aumentar o ritmo do trabalho para ver se a habitual depressão pré-aniversário não tem oportunidade para aparecer. Os outros assuntos que me ocorreram durante o tempo que passei a olhar para as estrelas ou para a paisagem vão aparecer nos próximos posts. Aposto que os conseguem reconhecer, são assuntos típicos de quem não tem nada que fazer e se põe a pensar, baboseiras claro!

quinta-feira, agosto 12, 2004

Adivinha

Na terça à noite estava com vontade de vegetar e por isso pus-me a ver tv.
Como estava quase a adormecer mudei para o canal que me exigia menos esforço mental: a TVI, claro!
Passava pouco das 20h e eu pensei que estivesse a dar o telejornal, mas depois vi uma "coisa" (penso que notícia, reportagem ou peça não são termos indicados) sobre os dez mandamentos do preguiçoso. Parece que até há uma associação acerca disso e como, aparentemente, é algo de extrema importância até foram recolher declarações de pessoas que passavam na rua.
Por tudo aquilo que aprendi na escolinha, isto não pode ser um telejornal. Alguém me sabe explicar o que é?m Estou à espera de explicações dos jovens jornalistas que visitam este espaço, penso que como experts no assunto me consigam ajudar a resolver esta questão.

quarta-feira, agosto 11, 2004

The day to remember

Peço, antecipadamente, desculpa pelo facto de o post estar escrito em inglês, mas não havia outra solução para passar esta mensagem.

An year ago something happened in my life. I never imagined that something like that could happen, specially between the two of us.
We know it was a magical moment that made us smile for a long time. Maybe we shouldn't have done it and probably we shouldn't have repeated it in the following days. But that doesn't matter anymore, it was stronger that us and it's over.
We knew eachother before that, but in the night of the 11th of August of 2003 we discovered eachother in a different way.
The distance between us and the fact that i wasn't ready to go ahead (like you were) forced me to put a full stop in what we had (whatever it was...). A period of pain followed that and we were often mad at eachother. When the situation became more calm we started talking and now we act like friends separated by distance and we still fight. I think that will never change.
Sometimes we talk about what happen and about what might happen when we see eachother. when we do that something still moves inside of me and i know the same happens with you.
No-one, ever, made me feel as special as you did. Next to you, during that brief period, I felt like flying. You made me feel like the most important person in the world. I knew what was love because you showed me and i like to believe that I also showed you a couple of things. I know that you won't forget me, no matter waht happens, and I know that I will never forget you (my heart won't let me do that) no matter who or what will happen.
An year ago you happened in my life.

sexta-feira, agosto 06, 2004

Breve

Já repararam bem na voz da nova cantora da República da Geórgia que canta "this is the closest thing to crazy I have ever been, feeling 22 and acting 17".
Acho a música excelente e a voz da rapariga, cujo nome eu desconheço, fantástica. Para além disso ainda anda a fazer aquilo que eu gostava de fazer, comportar-me como se tivesse outra vez 17 anos. Estes 22 cada vez me parecem mais como 42...
Se alguém me souber dizer o nome da menina ou da música eu agradeço e já sabem que não se oferecem alvíssaras.

quinta-feira, agosto 05, 2004

Dois traços distintos

No outro dia olhei para o céu. Estava azul claro, sem nuvens, por isso não é de estranhar que aquilo que inicialmente me pareceu ser um traço de avião me tenha chamado a atenção. Fiquei durante algum tempo a olhar para ele e a pensar.
Na verdade, reparei depois, eram dois traços, de dois aviões. No príncipio fizeram a sua viagem lado a lado, sem se separarem. A certa altura começaram a afastar-se e quando chegaram ao outro lado do céu já levavam rumos diferentes.
Fez-me lembrar algo que se passou comigo.
Tinha uma amiga com quem andava sempre, íamos para todo o lado. No entanto, e avançando 7 anos, a vida levou-nos por caminhos diferentes.
Ainda existiram tentativas de re-aproximação que resultavam em curtos períodos em que parecia que tudo tinha voltado a ser como antigamente, para depois nos voltarmos a chatear ou a afastar com maior intensidade.
Depois as tentativas começaram a escassear, as discussões a piorar e as reconciliações a enfraquecerem.
Até que a última aconteceu. Parece-me que agora não há retorno e mesmo que volte a haver nunca mais vou confiar nas palavras dela quando me vier dizer "desta vez é a sério, prometo que não volto a afastar e a abandonar-te, vou mudar a minha atitude e dar-te o valor que mereces, afinal és a minha melhor amiga e sei que não agi correctamente".
Acho que desta é de vez.
De qualquer forma, acho que mais vale acabar já com algo do que andar a prolongar uma situação que se anda a arrastar há demasiado tempo. É como um golpe de misericórdia, acabar com o sofrimento do animal que está mortalmente ferido.

P.S. Este post já foi escrito há algum tempo. Apesar de morarmos lado a lado e de nos vermos de vez em quando já não nos falamos. Quando a vejo cumprimento-a, mas não passa daí. Não sei se isto alguma vez irá mudar, só sei que não tenho interesse em me dar com uma pessoa que não me dá o valor que eu acho que mereço. Acho que demorei demasiado tempo a perceber isso.

quarta-feira, agosto 04, 2004

Pum....

Pum...........................................................................
.................................................Pum..........................
...............Pum............................................................
.................................................................Pum..........
Sócrates, o pistoleiro de esquerda, continua a apontar ao próprio pé...

terça-feira, agosto 03, 2004

Laissez faire ou "Anita no centro de emprego"

Hoje fui-me inscrever no Centro de emprego da minha área de residência para poder aceder ao programa de estágios profissionais do IEFP.
Fui uma experiência interessante e digo-vos que se tudo funcionar como ali há muita coisa que fica explicada, tal como o facto de haver tantos desempregados no nosso país.
Estavam lá várias pessoas que tinham recebido uma carta a dizer que lhes tinham encontrado um emprego, mas pareceu-me que nem para todos isto era uma boa notícia. Talvez a perspectiva de começarem a fazer alguma coisa para receberem dinheiro em vez de ficarem em casa a coçar os ditos à custa do subsídio de desemprego não fosse muito animadora. Por exemplo, estava lá um jovem que não podia aceitar a proposta porque ía de férias para fora do país. Porra, eu nem sei quando é que vou ter férias!
Para além de tudo isto fiquei chocada por saber que o síndroma da repartição de finanças (tema a ser debatido com maior profundidade brevemente) está a alastrar, ou talvez só agora é que eu me apercebo da extensão da situação.
Cheguei lá às 9.30 e saí de lá às 11.20. Claro que vocês vão perguntar se eu estive a jogar às cartas com a senhora. Antes fosse...
A inscrição na lista de espera foi rápida só que depois tive que esperar mais de uma hora para ser chamada. Quando percebi como é que aquilo funcionava até fiquei espantada de ter sido tão pouco tempo. Estive 25 minutos num gabinete com uma menina que me fazia perguntas, 20 dos quais à espera que a menina e o computador se entendessem.
As condições daquele Centro de Emprego não são as melhores: os gabinetes pareciam pequenos bunkers, atafulhados até ao tecto e com a tinta a cair das paredes. Apeteceu-me perguntar-lhe porque é que ela não se inscrevia a ver se arranjava um sítio melhorzito, mas talvez a experiência lhe diga que o melhor é estar quietinha...

segunda-feira, agosto 02, 2004

Continuo por cá

Ao contrário do que eu tinha previsto há alguns posts atrás, acabei por ficar na F.P.F.
Depois do estágio curricular que fiz através da escola, estive um mês numa situação algo indefinida em que recebia em géneros (bilhetes para todos os jogos do Euro), há algum tempo atrás fiz uma proposta de ficar a fazer um estágio profissional que acabou por ser aceite.
Estou a ficar preocupada. Será que me estou a transformar numa viciada em estágios? Saio de um para entrar noutro?
A boa notícia é que vou ter um ordenado do qual não me posso queixar e fico cá durante nove meses, com mais três de opção.
Na verdade o Gil até é um tipo fixe, espero que ele não se arrependa por me ter deixado cá ficar. Para ser sincera acho que ele não sabe ao certo quem eu sou, deve pensar que sou a filha de uma funcionária qualquer. De certo modo até gosto que as coisas continuem assim, ouvi dizer que ele é contra ténis e contra calças de ganga...
O mais giro de tudo é que desde que eu disse que já acabei o curso que o meu nome começou a aparecer com um "Drª" atrás. Ainda me sinto algo incomodada com o título e dá-me sempre uma certa vontade de rir com o facto de, subitamente, o tratamento ter mudado tanto. Porém esta mudança é só nos papéis, porque o resto continua na mesma ;-)
Para além de tudo isto, hoje tenho uma chefe nova. A primeira impressão foi boa, vamos ver como é que corre...

sexta-feira, julho 30, 2004

Eu vou!

Já reservei os bilhetes para ir ver o concerto da Madonna no dia 14 de Setembro no Pavilhão Atlântico. Depois de ter passado a manhã toda a tentar ligar para a Ticketline e a ouvir "de momento não é possivél estabelecer a sua ligação, tente novamente daqui a alguns minutos", finalmente, quando já tinha perdido a esperança, ouvi o telefone a tocar (toda eu era rejubilo!). Mais dez minutos em lista de espera e finalmente ouvi a voz do operador a dizer "tem de levantar os seus bilhetes até dia 3 de Agosto".
Agora estou incrédula e contente. Sempre gostei de Madonna, apesar de não ser uma fã incondicional. No entanto, ela é uma grande artista e imagino que em palco seja algo de espectacular.
Espero que a Re-Invention Tour faça juz ao nome e que eu dê por bem empregues os 122€ dos dois bilhetes. Desta vez não vale a pena oferecerem-se para serviço de acompanhantes porque vou levar a minha irmã, apesar de ela ainda não saber...Se a sacana da miúda não disser que vai mandar construir uma estátua em minha homenagem faço um escândalo! Garina, estás avisada!

quinta-feira, julho 29, 2004

O que é ser optimista?

Segundo a definição habitual, o optimista é aquela pessoa que sabe sempre ver o lado positivo de uma situação, que pode estar atolado de porcaria até ao pescoço mas diz "pelo menos não chega até à boca" (se eu fosse a realizadora desse filme era nessa altura que alguém lhe despejava um balde na cabeça).
Quando levado ao extremo, o optimimismo pode ser uma patologia perigosa que devia dar direito a um tratamento de choques e condicionamento à boa velha maneira do Laranja Mecânica.
Na minha opinião o optimismo pode levar-nos por dois caminhos:
  1. Vivemos continuamente iludidos e pensamos sempre que as coisas vão correr bem, apesar de sermos, inevitavelmente, desapontados ou
  2. Tentamos ser optimistas, mas após batermos com a cabeça na parede umas quantas vezes passamos do optimismo para o pessimismo patológico, passando a ver apenas o lado negativo.
Eu não me considero optimista nem pessimista, penso que realista é capaz de ser mais adequado. Porém, se for honesta, tenho que dizer que muitas vezes dou por mim a ser muito pessimista. Talvez isso esteja relacionado com alguns desapontamentos e com o facto de, frequentemente, a realidade ser mais para o lado do negativo do que para o positivo. Sei tambem que, nessas alturas, devia olhar para as situações de uma forma mais positiva, mas nem sempre consigo.
Confesso que é mais fácil não esperarmos nada (ou o pior) das pessoas e das situações e não nos desapontarmos, do que esperar alguma coisa (por muito pouco que seja) andarmos sempre a bater com a cabeça na parede.

segunda-feira, julho 26, 2004

Pedido a Deus

Guardem este post nas vossas memórias pois este é um momento inédito. O ser mais ateu que eu conheço (eu própria) estás prestes a fazer algo de insólito, tentar ter um diálogo com um O próprio.
Se Deus existe, ou alguma entidade que assuma as mesmas funções, e se este é realmente omnipresente e omnipotente deve andar muito distraído com qualquer coisa, por isso eu venho aqui deixar um pedido. Eu gostava que Tu tomasses uma atitude radical em relação às pessoas que, ano após ano, põem o nosso país a arder. Para que não maces muito a cabecinha a pensar numa solução eu deixo-Te uma que abarca vários castigos que deveriam ser utilizados simultâneamente de forma a que a terapêutica surta maior efeito:


  1. As mãos desses criminosos devem caír de maduras, como se fossem pêssegos;
  2. Os genitáis devem apodrecer e criar bichos de uma tal forma que meta nojo aos próprios e
  3. Faz com que lhes cresça um pinheirinho no rabo, com aproximadamente 1,5 metros, que pegue fogo todas as noites - vão parecer pirilampos com hemorróidas.

A solução apresentada aplicar-se ía às pessoas que ateiam fogos por prazer, porém, para todos os atrasados mentais que o fazem inconscientemente, porque não sabiam que uma queimada em pleno Verão é perigosa, ou que um cigarro pode acender um fogo, ... Para todos esses tenho outra solução. Faz com que a sua casa e tudo aquilo que construiram durante uma vida arda. Faz com que todos os bens materiais que se esforçaram por amealhar, roupas, electrodomésticos, mobiliário, quintas, pomares, gado e hortas desapareçam diante dos seus olhos enquanto eles observam impotentes. A cereja no topo do bolo seria gravar em queimadura, claro, a expressão "tecla 3" na testa destes seres ignóbeis.
Penso que não seria pedir muito tendo em atenção a calamidade a que temos vindo a assistir. Este ano está a ser ainda pior do que o anterior, já deflagraram mais incêncios e ainda nem chegámos ao fim de Julho.

Dia das avós

A minha avó mora sozinha há alguns anos, por isso anda sempre a chatear-nos para a irmos visitar, apesar de se recusar terminantemente a ir a nossa casa. Diz que na casa dela é que se sente bem e eu compreendo-a, também compreendo a sua solidão e sei que custa passarmos todos os dias sozinhos, sem ninguém que esteja ao nosso lado nem que seja só pela companhia.
Na semana passada cedi e disse-lhe que hoje iria almoçar com ela. Sei que lhe alegrei o dia com a notícia e que lhe dei com que se entreter até segunda.
Durante o fim-de-semana a minha mãe (a filha da minha avó) veio ter comigo e disse-me que a minha avó tinha ficado muito sensibilizada por eu ter marcado o almoço no dia das avós. Coitadinha, pensou que tinha sido propositado!
Mas sei que a fiz feliz apesar de a visita ter sido muito breve e eu também fiquei muito contente por lá ter ido. Hoje de manhã estava um pouco com a neura, estava a precisar de ser paparicada e não há nada melhor para resolver uma carência dessas do que ir visitar a minha avó.
Vim de lá como nova e sei que lhe dei uma alegria que vai durar bastante tempo. Vim de lá contente comigo própria, fiz a minha boa acção e sinto-me bem por saber que algo qe fiz com prazer fez outra pessoa feliz.

domingo, julho 25, 2004

Anjos na cerveja

Pessoalmente acho que a Super Bock Green não é grande coisa. Eu sou daquelas pessoas que gosta de uma boa cerveja. Quando me apetece uma cerveja gosto de beber uma cerveja a sério, quando me apetece qualquer coisa mais leve bebo um sumo, um vodka ou um gin tónico...que são aquelas bebidas muito parecidas.
No entanto, para quem gosta de cerveja com limão, aquilo até se bebe.
Porém este post não era para ser sobre consumo alcoólico, mas sim sobre o anúncio televisivo deste produto, que, na minha opinião, está excelente.
Sem me alongar numa análise mais profunda (até porque com este calor nem apetece pensar), o anúncio tem tudo. O que mais me agradou foi a ideia das asas serem associadas à leveza da cerveja.
Este anúncio fez-me lembrar a excelente mini-série "Anjos na América" que a :2 tinha recentemente acabado de transmitir e com a qual fiquei fascinada. Na verdade faltam-me as palavras para descrever a série.

As conversas de autocarro

Uma vez disseram-me "quando pensares que não pode haver nada pior do que determinada coisa, vai haver algo que te vai mostrar que é sempre possível ser ainda pior".
Ultimamente tenho andado com maior frequência nos autocarros da Boa Viagem que são os únicos que fazem carreiras para trás do sol posto, ou seja, onde eu moro.
Como tenho uma tendência para adormecer durante a viagem, costumo sentar-me nos lugares da frente onde é mais fácil perceber onde estou quando abro os olhos. O problema é que esses lugares também são os escolhidos por umas senhoras que gostam de ir o caminho todo a tagarelar sobre tudo e mais alguma coisa, oferecendo, aos restantes passageiros, as suas opiniões e comentários formulados como se fossem dogmas.
O grande prazer destas senhoras é debruçarem-se sobre a vida de outras pessoas e sobre o trânsito. No entanto, como observadora neutra, saliento que é impressionante o nível de barbaridades seguidas que elas conseguem dizer, principalmente quando fazem juízos de valor ou comentários sobre condução quando nem sequer sabem para que servem os pedáis.
É verdade, quando eu pensava que não havia nada pior do que conversas de elevador, eis que aparecem as conversas de autocarro. Esta variante das conversas de circunstância, utilizadas para quebrar silêncios incómodos e ocupar o tempo é tremendamente pior do que as de elevador por uma razão muito simples: eu fico dez segundos no elevador, mas a viagem de autocarro demora uma hora!

quinta-feira, julho 22, 2004

Uma falha de luz por dia nem sabe o bem que lhe fazia

Hoje de manhã quando cheguei à F.P.F. disseram-me que não havia luz, em príncipio até às 11h. Isto significa que não havia elevador, computadores ou sequer telefone. Portanto não havia forma de me entreter.
Senti-me a voltar aos tempos de escola em que, quando o prof faltava, o pessoal ía todo para o café. Foi exactamente isso que fizemos, o café aqui do lado parecia uma sala de estar dos funcionários da F.P.F.
Depois lá fomos andando para o edifício e passado mais uns minutos decidimos começar a subir as escadas muito devagarinho, afinal não havia grande pressa.
Infelizmente a falha electrica foi resolvida com uma hora de antecedência, o que eu acho indecente. Para compensar ainda não tenho acesso à rede.
Vou fazer um protesto porque todos estes factores estão a interferir com a minha (muito reduzida, quase residual) vontade de trabalhar...
Esqueci-me de vos contar que já me disseram que "vai ser muito complicado" eu ficar cá...parece que há muitas cunhas que têm de ser satisfeitas e portanto saem os elos mais fracos, adeus!
Agora que já tenho luz, já tenho mais formas para me entreter, afinal de contas, daqui até ao fim do mês ainda falta algum tempo.

Crise de identidade

Se:
quem tira engenharia é engenheiro;
quem tira medicina é médico;
quem tira advocacia é advogado;
quem tira jornalismo é jornalista;
quem tira gestão é gestor;
quem tira publicidade é publicitário;
quem tira design é designer;
quem tira assessoria de imprensa é assessor de imprensa;
... (acho que já deu para perceber onde quero chegar)

Então:
quem tira Comunicação Social - variante cultural é o quê?

segunda-feira, julho 19, 2004

Onde é que eles andam?

Estou preocupada com a ausência da Fátima Felgueiras, ou Fátinha como a costumo tratar. Esta minha preocupação não é recente e acho que uma senhora com tanto gabarito devia ser melhor tratada. O que é que será que se passa com a Fátinha? É que há mais de dois meses que ela não dá uma conferência de imprensa.
Esta ausência entristece-me imenso, pois caso não se lembrem a última vez que ela apareceu na televisão foi um fartote de rir e acho, sinceramente, que a nossa televisão precisa de mais e melhor humor.
Por falar em ausências prolongadas no Brasil...o que é que é feito do padre Frederico?
Se alguém tiver notícias destas personagens incontornáveis agradecia que as partilhasse, não se oferecem alvíssaras.

Resumindo...

Ontem no telejornal deram uma notícia que mais parecia uma das anedotas dos malucos do riso.
O novo Governo foi tomar posse e sinceramente não sei o que foi mais caricato, se a cara de surpresa do Paulo Portas quando soube o nome do seu ministério ou a tentativa de do Santana Lopes de resumir o discurso.
Gostava de saber quem é que escreveu aquele discurso, porque, pela quantidade de páginas que o Sanatana saltou, estive na dúvida se era mesmo o discurso ou se (só no gozo) tinham trocado aquilo por uma cópia dos Maias.
Mas ainda assim não sei porque é que fiquei surpreendida, afinal, quem aturou o Guterres durante seis anos é capaz de suportar quase tudo...

sexta-feira, julho 16, 2004

Dias decisivos...

Ouvi dizer, por estes corredores federativos, que entre ontem e hoje o Presidente (neste momento faço sempre uma vénia) ía decidir o meu futuro. Ou seja, ía decidir quanto à proposta que fizemos de eu ficar cá a fazer um estágio profissional com uma duração de 9 a 12 meses.
Muito sinceramente, não estou com grande fé quanto a uma resposta positiva, algo me diz que por estes lados não há...como é que devo dizer...receptividade (?) para terem cá uma pessoa a trabalhar durante esse período e pagarem apenas uma percentagem do ordenado.
Para além de não acreditar muito, agora estou com uma dúvida tremenda. Em que situação é que devo comemorar?
Cada vez que penso no rumo que este departamento está a levar fico mais na dúvida se ficar cá é bom ou se é mau. Ainda assim, por muito mau que isto esteja, a angústia associada ao desemprego é maior e prefiro ficar aqui do que ficar em casa...sempre dá para ganhar experiência e no currículo fica sempre bem.

quinta-feira, julho 15, 2004

Parabéns a nós...

Algures entre ontem e hoje este blog atingiu a marca das 2000 visitas.
Juro que não ando a fazer o mesmo que fizeram na eleição do Mourinho!
Espero que este número seja um sinal de que gostam do que eu aqui deixo. Espero que continuem a voltar e a deixar comentários.

Revolução

O meu pai é um adepto fanático da TSF, pelo que quando estou no carro com ele só se ouve uma estação. Para evitar decorar as notícias habituei-me a deixar de ouvir, pois até algum tempo atrás, durante uma viagem de uma hora, eu chegava a ouvir o mesmo noticiário três ou quatro vezes.
No entanto, ultimamente, tenho notado algumas alterações. Para meu grande espanto, a TSF passou a dar música entre os noticiários em vez dos, até então, habituais 10/15 minutos de publicidade.
O mais interessante neste caso é que as músicas até são engraçadas e eu tenho gostado delas. Ontem, porém, fiquei algo assustada e suspeito que o mundo está a ficar de pernas para o ar, pois passaram uma música de Celine Dion. Não pensem que eu estou a reclamar porque eu até gosto de Celine Dion. Sim, eu confesso, é verdade que gosto, até tenho alguns cd's!
Depois desta mudança já espero tudo e já estou a pensar qual será a próxima surpresa. Será que a Ana Gomes e o Francisco Louçã vão fazer uma conferência de imprensa conjunta onde vão afirmar que perceberam que são uns autênticos energúmenos* e que constataram, finalmente, que o seu contributo para a política e para o país é completamente negativo (-15 numa escala de 0 a 20) e por isso vão retirar-se e pedir asilo ao Botswana?

*A palavra energúmeno é aqui utilizada no seu sentido figurado e para que não haja quaisquer confusões transcrevo aqui a definição do dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora: energúmeno - s.m. possesso do Demónio; [fig] pessoa que, dominada por uma obsessão, pratica desatinos.
Ainda estou a ponderar se eles estarão ou não possessos pelo Demónio, portanto fico só pelo sentido figurado.

quarta-feira, julho 14, 2004

A vida não é uma praia

Esta está a ser uma semana complicada e a procissão ainda vai a meio.
No domingo de manhã acordei com o telemóvel. Era a minha orientadora a dizer-me que o Secretário-Geral da FPF tinha morrido. Lá foi o domingo para o lixo...
Na segunda cruzava-me com as pessoas que andavam todas de lágrimas nos olhos, foi aí que me apercebi do que realmente se tinha passado. Afinal de contas o Manuel Quaresma tinha apenas 49 anos, um filho com 20, montes de planos por realizar e uma vida pela frente.
Na terça fomos ao velório e ao funeral. Arrependi-me tremendamente de ter entrado na igreja, pois não fazia ideia que o caixão estava aberto.
Hoje é quarta, parece que a semana já dura há um mês. Para ajudar à festa a minha orientadora está de baixa. Andou aqui até não poder mais, agora está em casa para recuperar as forças gastas num trabalho onde não lhe dão o valor merecido. Entretanto eu vou tentado segurar as pontas, apesar de por vezes me sentir perdida.
Para terminar este meu choradinho, só falta dizer que estou prestes a acabar esta minha colaboração não remunerada com a FPF e ninguém me diz se é para continuar ou não. Será que devo fazer uma informação a explicar que a telepatia não faz parte dos meus dotes?
Portanto, se houver alguém interessado em contratar uma brilhante jovem recém-licenciada em Comunicação Social-variante cultural, com um domínio vastíssimo de variadas coisas, dê-me uma apitadela...pode ser que eu conheça alguém assim.
Em época estival apetecia-me que a vida fosse mais beach e menos bitch.

sábado, julho 10, 2004

Hoje vi um filme que me deu vontade de ter esperança outra vez. Depois reflecti sobre os meus próprios pensamentos e lembrei a mim própria que a vida não imita a ficção.
A vontade de voltar a ter esperança continua aqui. Veio não se sabe de onde, mas sinto-a tal como das outras vezes. Apesar de saber que esta sensação precede sempre uma desilusão e que desta vez não tenho nada que me alimente a esperança, ela continua aqui.
Sinto-a como um ferro em brasa que me toca por dentro, parece que me diz para me deixar de coisas sem importância e para voltar a viver, que chega de me limitar a sobreviver.
Talvez seja altura de acordar, mas acordar para quê? Para ver o quê? O que será que despoletou esta sensação? Parece que algo me diz que vale a pena continuar a ter vontade e continuar a lutar por algo que acho que é meu por direito.
Talvez seja altura de crescer, abrir os olhos e de me deixar de "sensações" que me perseguem desde alguns anos a esta parte. Será que o caminho passa por pôr os pés no chão definitivamente e deixar de ter esperança?
Dizem que depois da tempestade vem sempre a bonança, pois eu estou farta de tempestades.
Quero a bonança que me é devida!

quarta-feira, julho 07, 2004

( i ) m u n d o

Um dia acordei
e assim pensei:
O mundo
está imundo.

Assim me levantei
e mal-disposta fiquei.
De que vale estar
sempre a sonhar?

O mundo não é
e nunca será
aquilo que esperava:
o melhor que há!

Mariana Janeiro

A autora deste poema é a minha irmã e decidi publicá-lo aqui por duas razões:
1. Ela merece, a sacana da miúda até escreve umas coisas engraçadas, para quem tem 13 anos e tem o pensamento toldado pelas hormonas;
2. São muitos os dias em que acordo e sinto-me exactamente da forma que a Mariana descreve neste poema: desiludida com tudo. Dias em que eu acho que merecia que o mundo me desse muito mais do que aquilo que me dá. Momentos em que me sinto prestes a perder a esperança e a vontade de continuar a lutar, mas depois passa-me...e a ela também.

segunda-feira, julho 05, 2004

A tragédia grega por Ferrada

Era uma vez uns meninos que tinham o sonho de serem campeões da Europa.
Depois de um começo azarado decidiram apanhar uma bela bebedeira com umas miúdas russas e a acompanhar uma vodka limão, seguiram-se as tapas, sempre de difícil digestão, mas estas encontravam-se deliciosas e de tenro sabor.

Mais tarde, saíram ao nosso caminho uns tais de ingleses, que dizem as más línguas vivem numa ilhota no norte da Europa rodeados de cerveja....mas o que eles não sabiam é que o tuga gosta de vinhaça e a bebedeira do vinho dá mais forca, como tal, demos uma valente coça que deixou os nossos amigos ko e a pensar que tínhamos tomado alguma poção magica antes do jogo.
De manha ao acordar, e com a ressaca a zumbir na mona, nada melhor que um suminho bem fresco de laranja vitaminada para abrir o apetite para a final.

Epílogo
Somos um povo triste e como tal bem no fundo dos nossos corações já pressentíamos que algo de nefasto ia acontecer....o chamado terrível fado lusitano.
Apareceram uns gregos os mesmos da abertura, mas desta vez eram mais...muito mais....faziam muito barulho e gritavam que queriam hellas....mas elas quem?
No final a tragédia abateu-se sobre os nossos meninos, Camões no céu ao lado de Sócrates escrevia mais uma estrofe triste, enquanto o nosso amigo Onasis acendia mais um charuto...o da vitoria.


P.S. Este texto foi publicado ao abrigo da lei do anonimato, se não existe nada disso passa a existir agora e será brevemente publicada no Diário da República do Espaço Virtual de Baboseiras.